Andrew Lincoln não é nenhum estranho para o sobrenatural: como Rick Grimes em The Walking Dead, ele enfrentou seu número suficiente de mortos-vivos e viveu para contar história. Mas para sua atuação em O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (Guillermo del Toro’s Cabinet of Curiosities), Lincoln teve que explorar um lado muito diferente do terror.
Em “O Murmúrio” (The Murmuring), episódio de Jennifer Kent para a antologia de terror, Lincoln interpreta Edgar, um pai em luto que trabalha como ornitólogo ao lado de sua esposa, Nancy (Essie Davis), na Universidade de Cornell. Como em O Babadook, filme de Kent de 2014, “O Murmúrio” é um tipo muito específico de história de terror – uma que é tão interessante no terror do luto quanto em um clássico jump scare. Lincoln e Davis dão vida a essa dor.
Ornitologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo das aves a partir de sua distribuição na superfície do globo, das condições e peculiaridades de seu meio, costumes e modo de vida, de sua organização e das características que as distinguem umas das outras, para classificá-las em espécies, gêneros e famílias.
Lincoln conversou com o Tudum para falar sobre “O Murmúrio”. Confira a entrevista a baixo:
Como você se envolveu com o Gabinete de Curiosidades?
Andrew Lincoln: Quando ouvi o nome de Guillermo del Toro, levei muito, muito a sério. E mais uma vez, quando Jennifer Kent escreveu e quis fazer parte desta antologia. Fiquei muito animado porque O Babadook é um filme que eu adoro, e The Nightingale é um filme surpreendente.
O que exatamente te atraiu nessa história?
Andrew Lincoln: Eu sou um grande fã do gênero do terror. Digo, você está falando com um homem que matou milhares de zumbis. Sou um homem experiente nas artes sombrias do gênero. E quando é bem feito, é lindo. Inverno de Sangue em Veneza, O Iluminado, esses são especialmente sobre perda e todos os traumas ou relacionamentos em crise. Eles nunca vão se recuperar da morte de uma criança, ninguém se recupera. Mas eles certamente podem tentar viver e continuar a se amar. Esses são os temas principais da história. Essa é uma área realmente empolgante para os atores explorarem.
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Nancy e Edgar são ornitólogos; que tipo de estudos você fez para retratar adequadamente esse tipo de carreira?
Andrew Lincoln: Nós tivemos um ornitólogo que nos ajudou muito. Nós conversamos durante muito tempo sobre como você grava e como você interage com os pássaros e como você toca os pássaros. Houve muito trabalho que foi feito enquanto ainda estávamos confinados, trabalhando em casa, usando o equipamento para fazer parecer que sabíamos tudo sobre o assunto. Todas as câmeras e equipamentos de gravação eram tão diferentes naquela época. Essa é uma das coisas mais legais sobre trabalhar – eu amei todas as filmagens com o equipamento de gravação parabólica. Quase pareciam um filme de ficção científica dos anos 50.
Edgar não está presente em muitos dos momentos mais assustadores do episódio. Mas houve momentos que te assustaram no set?
Andrew Lincoln: É uma coisa muito interessante filmar algo; você lê e depois filma. Fizemos muito trabalho de relacionamento, cenas íntimas, exaustivas, bastante intensas. E então voltamos ao set e todas as coisas legais começaram a acontecer sem mim. Porque ou estou dormindo ou observando pássaros. Então, todos os dias que eu vinha trabalhar, eu dizia: “Me mostre todas as coisas legais em que não estou”, porque tava sempre dormindo. E eles foram muito gentis porque me mostravam tudo. Mas o que eu acho que vai ser mais importante para o episódio é o design de som. Muito do medo é esse tipo de panela de pressão psicológica. Essa é a parte que eu amo, quando você está assistindo a um filme e percebe que está prendendo a respiração por três minutos. E eu acho que o que nós filmamos funcionará nesse nível, bem como no nível emocional do trauma de Nancy e Edgar.
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Como foi trabalhar com Essie e Jennifer, que já colaboraram em The Babadook?
Andrew Lincoln: Essie Davis é uma atriz tremendamente incrível, verdadeira, extraordinária e poderosa. E além de tudo ela também é comediante! Ela está interpretando alguém que é tão diferente de tudo que ela é. É maravilhoso trabalhar com ela e a Jen. Jennifer trabalha muito bem em cima do personagem. É a história dela. Ela tem uma visão muito forte no som, na atuação, em tudo. Tratava-se de ter certeza que tudo isso funcionaria.
O que você espera da experiência do público para este episódio?
Espero que o público tenha a mesma reação que eu tive quando eu li o roteiro, que era uma linda história sobre perda. E sobre aceitar a dor. E alguma forma de encontrar uma maneira de navegar pela dor. Mas também que eles tenham a experiência mais assustadora que a Netflix já criou. Até agora.
“O Murmúrio” já está disponível na Netflix, junto de mais sete histórias em O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro.
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