“Eu tive que superar a devastação emocional de ver pessoas malevolentes despedaçarem uma família brilhante”, ele afirma.
Levou cinco anos para Frank Darabont trazer The Walking Dead para a TV, e quando a série estreou, no halloween de 2010, sua audiência imediatamente a tornou a série mais assistida da AMC, superando Mad Men e Breaking Bad. Nos bastidores, Darabont estava em todos os lugares: ele dirigiu o piloto e pressionou para que Andrew Lincoln (Rick) e Jon Berntahl (Shane) se juntassem, permanentemente, ao elenco. “Frank nos convenceu a entrar nessa”, Lincoln contou a David Peisner, numa entrevista recente para a revista Rolling Stone. Então, seu drama de zumbis colapsou. De acordo com a reportagem de Peisner, a AMC cortou o orçamento por episódio, para a segunda temporada, em aproximadamente 500.000 dólares, e, após um conjunto de discussões públicas e particulares com os executivos da rede, Darabont foi demitido em julho de 2011. Ele ficou quieto sobre o problema, focando suas energias em uma nova série, Mob City, da TNT. Até agora. O que segue é um excerto de uma entrevista mais longa com Darabont sobre seu retorno à televisão, planejada para ser publicada no próximo mês.
Rolling Stone: Você tem acompanhado a série desde sua demissão? Os fãs dos quadrinhos de Kirkman, particularmente, não gostaram da direção da série desde que você saiu.
Frank Darabont: Não gostaram? Bem, eu não saberia. Porque, pelo mesmo motivo que, se a mulher que eu amava me deixasse para ficar com o instrutor de pilates e os dois me enviassem um convite para seu casamento, pelo mesmo motivo que eu não iria ao casamento, eu não assisti a nenhum episódio de The Walking Dead desde então.
Rolling Stone: Você “lavou as suas mãos” de tudo isso?
Frank Darabont: Olha, na verdade, eu não falei sobre isso ainda – eu falarei, vou chegar lá – mas precisei dar um tempo depois disso para reconsiderar tudo, para realmente superar a devastação emocional de ver pessoas verdadeiramente malevolentes despedaçando a família brilhante que eu juntei para criar esse sucesso para eles. Era uma família profundamente amorosa, o elenco e a equipe, e ter isso despedaçado – quando alguém joga uma granada nessa situação, é uma tentativa tremendamente emocional. Então, eu gostaria de assistir a outro episódio de The Walking Dead depois disso? Você tá brincando comigo? Não, você deixa o desapontamento traumático para trás e vai em frente com a sua vida.
Rolling Stone: Nós entrevistamos o elenco original quando fizemos a reportagem da capa, recentemente, e muitos deles – especificamente, Lauren Cohan – falou muito carinhosamente sobre você.
Frank Darabont: Escute, eles são o melhor grupo de pessoas no mundo, esse elenco. Mas, meu Deus, como eu posso dizer isso – às vezes, o lado emocional dificulta as coisas que são complicadas de se dizer, as palavras podem falhar – mas eu consegui juntar uma família em Mob City que é muito significativa para mim. As pessoas com quem trabalho sempre fazem a jornada valer a pena.
É só eu, ou mais alguém acha que The Walking Dead seria muito diferente do que é hoje se o Frank ainda estivesse no comando? Deixem suas opiniões nos comentários.
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Fonte: Rolling Stone
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil
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