Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do sétimo episódio, S08E07 – “Anton”, da oitava temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Fear the Walking Dead está de volta com seu 7º episódio da 8ª e última temporada, episódio esse que inicia o arco final da série que encerrará no seu 12º capítulo. A temporada que até então havia começado interessante, infelizmente, se perdeu em tramas repetitivas e arcos mal feitos, tendo um certo ar de “novidade” (mas nem tanto) com esse retorno.
“Anton” parece voltar atrás em muitas decisões na qual a série tomou ao longo de sua trajetória e parece corrigir os erros que a 1ª parte da temporada havia cometido, que por sua vez, vinha com a intenção de corrigir os erros de sua 7ª e desastrosa temporada. Mas ao tentar voltar atrás e corrigir esses tais “erros” a série se afunda ainda mais numa espiral eterna sem fim, que convenhamos, levou esse derivado ao colapso.
Após um acúmulo de decisões erradas para com esse personagem, a série decide o deixar de fora durante toda a 1ª parte dessa temporada e retornar com ele apenas agora com esse ar de novidade. Uma decisão que pareceu correta a primeiras impressões, pois Victor Strand (Colman Domingo) é um dos personagens mais queridos e também um dos mais odiados de Fear the Walking Dead.
Quando ele se tornou o principal vilão da 7ª temporada, a série parecia ter o impregnado como um personagem dependente de tramas repetitivas, pois, ora ele era bonzinho, ora anti-herói flertando com a vilania, fazendo coisas que prejudicasse intensamente o grupo e sempre sendo perdoado e acolhido por eles novamente após ter uma atitude heroica que gerasse uma redenção forçada.
Dar essa pausa com o personagem foi uma decisão muito assertiva, pois todo o ódio que ele havia implantado no público durante toda a 7ª temporada aqui parece desaparecer. E mais, o colocar para questionar toda sua trajetória e fazer com que suas ações tenham consequências sobre ele fez parecer com que a série estivesse minimamente preocupada em dar mais camadas ao personagem e tira-lo daquela superficialidade repetitiva que estava ocorrendo com frequência. O que não significa muita coisa, pois se tem algo no qual Fear the Walking Dead é mestre em fazer, é em desconstruir bons arcos de personagens para colocá-los de volta a zona de conforto, algo que ocorreu até mesmo nessa temporada com Morgan (Lennie James).
Quando sua reintrodução é feita, descobrimos que durante essa década que se passou entre a 7ª e 8ª temporada, Victor fez uma nova família e isso o mudou por completo. Porém, é importante apontar que mais uma vez a série não soube trabalhar o romance envolvendo esse personagem. É valido ressaltar a importância que Victor Strand tem dentro da franquia sendo um personagem assumidamente gay e recebendo um destaque ímpar dentro do show, mas nenhuma das relações amorosas do personagem foram bem desenvolvidas. Todas elas não possuem química e são carentes de desenvolvimento, isso desde que a revelação sobre sua sexualidade foi feita durante a 2ª temporada do derivado, em 2016. Porém, desta vez tem algo a mais, Victor não é apenas marido, mas como também é pai adotivo do filho de seu cônjuge, algo que é novidade para o personagem e que apesar de não ter sido muito bem explorado nesse episódio, pode vir a ser um grande acréscimo, dando mais camadas a ele e uma interação e relação diferente e muito mais profunda.
Anteriormente quando foi citado que Fear parece estar correndo atrás de erros que foram cometidos durante sua trajetória, esse episódio parece ter enfatizado essa ideia.
Se na primeira parte tivemos um arco que buscava concluir o gancho deixado pelo final da temporada anterior e que trabalhou o fim da jornada de Morgan na série, nessa segunda parte temos o que parece ser a volta as origens de Fear the Walking Dead.
Um dos pontos que colaboram com essa afirmação é o retorno de Madison (Kim Dickens) como protagonista, que até então estava dividindo tela com Morgan nos seis primeiros episódios. Além do retorno de Victor Strand, um dos veteranos da série e o foco nos personagens clássicos que estão desde as primeiras temporadas, na primeira fase da série, quando ela ainda era comandado por Dave Erickson, o showrrunner dos três primeiros anos.
Os motivos dessa decisão ainda parecem seguir em aberto, mas pode ser que a série apenas queira concluir da mesma forma que começou. Apelando para a nostalgia da estética e pegada de suas primeiras temporadas, que hoje são consideradas as melhores para boa parte do público.
Tendo Madison como protagonista, focando nos personagens veteranos da série e retornando com o vilão mais popular e querido dessa “primeira fase”, é evidente que Fear está tentando voltar as suas origens, ou ao menos tentando.
Um dos pontos negativos desse episódio que é gritante é o fato dele ser uma cópia do primeiro episódio dessa mesma temporada, “Remember What They Took From You”.
Uma criança/adolescente que vive em uma comunidade prospera pós apocalíptica acaba cruzando o caminho de Madison, junto elas rapidamente criam uma conexão e fogem partindo em uma jornada paralela, até que seus pais tem que ir resgatá-la e enfrentar inimigos no caminho. Essa sinopse serve tanto para o primeiro, tanto para esse episódio, pois os acontecimentos são exatamente iguais. A única diferença é que no primeiro episódio a trama ocorria envolta de Mo (Zoey Merchant) e aqui acontece com Klaus (Julian Grey).
Essa temporada parece adotar o mesmo formato do 4º ano do derivado, aonde temos basicamente duas temporadas em uma. Porém, é um tanto quanto preguiçoso começarmos essa segunda parte com a mesma história do inicio da primeira, um verdadeiro relaxo dos roteiristas.
Além de que, o episódio não desenvolve em nada os novos personagens que apresenta e apesar de terem reintroduzido de uma forma legal o personagem do Strand é notável a demora que a trama leva para torna-lo interessante novamente.
Esse episódio foi dirigido por Danay Garcia, interprete de Luciana, que aqui estreia na direção e faz um trabalho minimamente básico. Com alguns enquadramentos de câmera legais e interessantes, construindo bem a tensão em algumas passagens, porém falhando e muito na direção de atores e na ação. Um claro exemplo disso seria a cena em que Madison e Strand são rendidos pelos soldados de Troy (Daniel Sherman) e simplesmente conseguem sair daquela enrascada de uma forma incompreensível, numa cena aonde nada faz sentido.
Se o roteiro pecou durante boa parte do episódio ao copiar descaradamente o primeiro capítulo da temporada e a direção de Garcia ter sido falha na ação, o mesmo não pode ser dito durante o seguimento de tensão no terceiro ato, que com certeza é o ponto mais alto do episódio.
Os diálogos entre Madison e Strand na biblioteca possuem uma carga dramática bem funcional, ainda mais quando analisamos toda a trajetória dessa dupla. Os atores parecem se esforçarem para entregar o máximo de emoções o possível, apesar da direção não colaborar nessas cenas.
E toda a sequência final tem uma tensão legal, é o momento de maior destaque do episódio e onde temos inicio da trama que finalizará a série: a vingança de Troy e a resistência dos sobreviventes para salvar PADRE.
Apesar desse seguimento ter tido uma resolução estranha com um Deus ex maquina do restante do grupo chegando para salvar Madison e Strand, todo o que antecede é bem feito e minimamente tenso. Aonde vemos o efeito da evolução de Strand ser refletida em outros personagens, principalmente em Frank (Isha Blaaker) e Klaus.
Finalmente, depois de muitas especulações e teorias, Troy Otto, um dos personagens mais queridos e memoráveis de Fear the Walking Dead está de volta, e sendo o vilão final da série.
Sinceramente, após vermos Strand se tornando um vilão ultra caricato na 7ª temporada, e os risonhos Shrike (Maya Eshet) e Ben (Daniel Rashid) na primeira parte da temporada, é um verdadeiro alivio termos um vilão bom e minimamente decente nessa série. Apesar de seu retorno ser muito questionável e anatomicamente impossível, Troy está de volta. Isso também serve para provar que Fear está fazendo de tudo para voltar as suas origens nesse final e também prova a incompetência desses roteiristas em criarem vilões novos. A sensação que fica é de que parecia muito mais fácil para eles simplesmente trazer um vilão de volta que é popular, querido e que funciona, do que desenvolver e criar um novo.
Troy é um dos melhores personagens da série, apesar de sua curta participação e é muito bom vê-lo de volta. Mas isso pode se tornar um imenso problema caso não seja bem trabalhado nos próximos episódios, ainda mais se não trouxerem uma justificativa “convincente” para sua sobrevivência dos eventos finais da 3ª temporada.
Até o momento, o personagem está bem equilibrado e parece funcionar, mas tudo depende de como sua trama irá decorrer. O que todos esperam é que essa volta não o estrague por completo e nem tire suas características e essência.
Apesar de trazer levemente um ar de novidade, o episódio é uma cópia do primeiro e um mais do mesmo no mal sentido, todas as suas qualidades tornam sua assistida tranquila e não chega a incomodar ou irritar como em muitos episódios da primeira parte.
A série parece estar querendo voltar aonde começou, mas com isso ela está tomando decisões questionáveis e perigosas que podem darem muito certo ou que podem cravar para esse derivado um final catastrófico.
A temporada ainda segue em status ruim, apesar de esse ser um dos seus melhores episódios (até o atual momento). O que não significa muita coisa, pois esse título vem da qualidade questionável dos demais e não dos méritos desse.
O que podemos esperar é que a série consiga finalizar decentemente e que não destrua ou desperdice suas poucas boas ideias. Os cinco próximos episódios serão ainda mais cruciais para a conclusão dessa jornada de alguns altos e muitos baixos.
Fear the Walking Dead – S08E07: Anton
Nota: 6.1/10
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