Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quarto episódio, S08E04 – “King County”, da oitava temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
O tão esperado 4º episódio da 8ª e última temporada de Fear the Walking Dead já está entre nós. E é com folga que podemos dizer que “King County” foi um dos melhores e mais emocionantes episódios de todo o derivado. Com cenas muito bem dirigidas e uma atuação impecável de Lennie James, o episódio conseguiu ser emocionante e dar um final digno para o ciclo do personagem que vem sendo construído a mais de uma década.
E vindo de um episódio nostálgico, cheio de referências e easter eggs, obviamente que nem todos os detalhes seriam absorvidos. Ainda mais se tratando de um episódio que é rico até nos mínimos detalhes.
Entre finalizações, desafios e promessas, talvez você tenha deixado passar alguma coisa no episódio. Por isso, separamos cinco detalhes de “King County” que você pode ter perdido. Confira:
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Um pequeno detalhe interessante no qual muita gente deixou passar despercebido nesse 4º episódio é o fato de Morgan (Lennie James) estar usando as mesmas roupas que ele usou em “Days Gone Bye” (Dias Passados), o primeiro episódio de The Walking Dead.
Esse é um detalhe bem simples, mas que é uma referencia bem clara e uma bela homenagem a toda trajetória de Morgan dentro do Universo The Walking Dead. No episódio, temos o desfecho do ciclo do personagem que vem sido construído desde o começo desse universo, com toda a questão que o abalava envolvendo sua esposa e filho. E ao trazer esse pequeno elemento de volta, a série não só faz uma referência, mas como também usa desse artefato para simbolizar o fechamento dessa trama.
As roupas usadas por Morgan no piloto de The Walking Dead são uma simples camiseta cinza e uma blusa xadrez com tons azuis e amarronzados. O personagem veste novamente esse traje após adentrar na casa na qual usou como refúgio em “Days Gone Bye”, e ele está usando exatamente ela quando precisou finalmente “sacrificar” seu antigo filho para poder salvar sua nova filha, Mo (Zoey Merchant), simbolizando que as situações nas quais ele usou está roupa foram semelhantes, porém com destinos completamente diferentes.
Mesmo não possuindo um material base, Fear the Walking Dead as vezes se apropria de alguns acontecimentos e detalhes dos quadrinhos que deram origem a série principal para contar suas histórias. E nesse 4º episódio tivemos mais um desses exemplos, no caso o visual de Duane em sua versão zumbificada.
Por incrível que pareça, o personagem do Morgan é muito diferente nos quadrinhos da versão que vimos ser adaptada para as séries de TV. Nas HQs, o personagem não possui os mesmos arcos e tem uma participação muito mais reduzida. Porém, um acontecimento das séries que seguiu fiel ao material original é a adaptação da morte de Duane, e todo o visual do personagem e estética de cena.
Na Edição 58 dos quadrinhos, descobrimos que Duane foi mordido e morreu pela infecção. Morgan é incapaz de aceitar a morte do filho, então ele matou alguns estranhos e alguns cachorros para alimentar Duane e o manteve acorrentado dentro de sua casa, esperando ver algum sinal de reconhecimento por parte dele. Rick insistiu que Morgan atirasse em Duane e se unisse a ele. Morgan então deu um tiro dentro de casa, mas no lugar de atirar em Duane, ele atirou na corrente que o prendia, o deixando vagar livremente.
Em “King County”, tivemos uma clara referência e adaptação desse momento dos quadrinhos, com Morgan reencontrando seu filho acorrentado e visualmente muito parecido com o estado que ele estava no material original. A diferença, entretanto, está em que, ao invés de libertá-lo, Morgan o finaliza e o enterra de uma vez por todas.
Um detalhe simples e triste está no paralelo entre Rick e Morgan, os personagens que iniciaram todo esse universo. Ambos tiveram o mesmo destino triste em relação aos seus filhos. Eles perderam seu membro mais importante da família e os enterraram, e coincidentemente ambos os acontecimentos ocorreram nas consecutivas oitavas temporadas das séries, com Rick perdendo Carl (Chandler Riggs) no período da guerra contra os Salvadores em The Walking Dead e Morgan finalmente reencontrando e enterrando seu filho, Duane, na 8ª temporada de Fear the Walking Dead.
É interessante traçar uma conexão com esses personagens ainda mais se considerarmos o protagonismo de ambos em cada uma das séries, e também a relação que eles tiveram. É certo que Morgan perdeu Duane bem antes de Rick perder Carl, isso ocorreu nos eventos entre a primeira e terceira temporada da série principal, mas foi só aqui na 8ª temporada do derivado que Morgan finalmente pode enterrar seu filho.
Um triste paralelo do ocorrido com Carl e Duane é que, no episódio 12 da 3ª temporada de The Walking Dead, Morgan diz a Rick que seu filho também irá morrer, assim como o dele havia falecido. Cinco temporadas depois, Carl morre de uma maneira um tanto quanto similar a Duane. Isso fortalece ainda mais o paralelo entre a jornadas desses dois personagens e mostra que ser pai dentro desse universo pode ser sinônimo de perda e dor.
Uma questão muito chamativa dentro do episódio é o retorno da doença de Grace (Karen David) gerada pela sua exposição e contato com a radiação por conta da usina na qual ela trabalhava. Lembrando que no final 5ª e durante a 6ª temporada a personagem sofria com um câncer e isso estava a matando aos poucos, porém, ela havia sido “curada” quando todo o câncer havia passado para a sua filha, o que consequentemente acabou a matando.
Essa trama envolta das condições precárias da saúde de Grace já foi muito explorada nas temporadas anteriores, e durante todo o 7º ano da série a personagem permaneceu bem e intacta, porém, nesse episódio, ao que tudo indica, Grace está doente novamente e, segundo ela, os sintomas foram gerados devido ao seu contato com a radiação na temporada anterior.
Basta esperar para vermos como os próximos episódios irão abordar essa trama na qual já foi bem explorada anteriormente, e fica a dúvida de qual será o destino da personagem. Agora, Grace não tem que lidar apenas com a sua doença, mas também com a propagação da infecção zumbi que está se espalhando em seu corpo por conta da mordida que levou no final deste episódio.
Outro detalhe bem legal sobre o episódio está no retorno de Keisha Tillis (Jenny) e Adrian Kali Turner (Duane), os atores originais do primeiro episódio de The Walking Dead, para reviver seus personagens em Fear the Walking Dead.
Durante o episódio, Morgan tem diversas alucinações com a sua esposa Jenny e no final ele reencontra seu filho na sua versão zumbificada. E um detalhe legal sobre isso é que mostrou um comprometimento muito grande tanto da produção quanto dos próprios atores, pelo fato de retornarem após tanto tempo para se despedirem de seus icônicos personagens.
A produção poderia muito bem ter escolhido atores parecidos e aplicado maquiagens sobre eles para deixá-los o mais parecidos possível com seus visuais da primeira temporada de The Walking Dead, mas, felizmente, não foi isso o que aconteceu. Tillis e Turner aceitaram voltar aos seus papeis após 13 anos, uma clara demonstração do carinho que os atores possuem pelos seus respectivos personagens e também da produção em considerar chamá-los.
King County está de volta, um dos cenários mais icônicos do primeiro episódio de The Walking Dead. Porém, as cenas que aparecem nesse episódio não foram gravadas nas mesmas locações e sim em ambientes recriados e adaptados pela produção. A equipe tentou fazer o melhor trabalho possível na recriação desses cenários, mas é evidente algumas mudanças neles e não passaram despercebidos pelos olhos mais aguçados.
Algumas diferenças são visualmente claras quando as imagens são colocadas uma ao lado da outra, sendo elas:
– A casa nesse episódio parecer ser bem mais próxima do asfalto do que no primeiro episódio, que possuía um gramado extenso e uma cerca bem maior.
– A casa vizinha, em The Walking Dead, era mais distante. Já neste episódio ela está praticamente colada com a casa de Morgan.
– A casa que aparece em Fear the Walking Dead parece ser menor do que a de The Walking Dead.
– O espaçamento das janelas nas paredes, a cor e posição da porta, que aqui é branca, mas que estava envernizada em Days Gone Bye.
Esses detalhes não são muito perceptíveis e são poucos os que conseguiram notá-los, e eles de nada atrapalham a experiência e imersão dentro do episódio, mas que serviu para mostrar as diferenças das locações aonde os episódios haviam sido gravados.
Outro elemento de Days Gone Bye que retorna em King County é o álbum de fotos de Morgan e sua família. No primeiro episódio de The Walking Dead, Morgan olha nas fotos do álbum enquanto toma forças para atirar em Jenny, mas com as lembranças resgatadas pelas fotografias ele não consegue finalizá-la.
Já nesse episódio, Mo (Zoey Merchant) encontra o mesmo álbum largado no mesmo quarto em que Morgan estava mirando em Jenny no piloto da série principal. Vários diálogos e questionamentos são feitos em cima desse álbum de fotografias, e um detalhe interessante é que algumas fotos que aparecem nesse episódio são inéditas e que não foram mostradas anteriormente, porém algumas fotos já mostradas também retornam.
Você notou alguns desses detalhes durante o episódio? O que achou desse quarto episódio de Fear the Walking Dead? Comente aqui algum detalhe que você notou e que esquecemos de mencionar.
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