A missão foi dada e agora os sobreviventes devem se preparar para o combate. Ressentimentos, senso de dever e sobrevivência uma mistura de sentimentos faz de uma missão uma batalha de vida ou morte. Quem é inimigo?
Quatro de Janeiro de 2011, Canoas, Rio Grande do Sul
De qualquer forma melhor confiar em minha arma e meu instinto afinal terão de desconfiar não somente dos mortos-vivos, mas também com meu próprio amigo.
Carlos e eu seguimos juntos aos outros em direção ao armário onde ficavam as armas. Quando chegamos à frente do armário ele puxou uma chave prateada com o número 03. Ao abrir do armário vi um grande arsenal das mais variadas armas desde facas até lança-granadas.
Carlos pegou uma magun 45, sua machete e uma metralhadora a qual ele disse ser uma m-16 e também alguns pentes e balas de calibre 22 para sua magnun. Eu peguei uma Glock 17 com silenciador, novamente uma shotgun calibre 12 cano cerrado uma legitima winchester customizada, uma machete, munição pras armas 20 cartuchos e 4 pentes, uma granada e um sinalizador para caso de alguma emergência. Todos menos eu estavam usando coletes e capacetes, por algum motivo não me sentia bem em relação a toda aquela proteção. Depois de pegar as armas e as proteções fomos em direção ao estacionamento. Chegando lá seguimos em dois veículos. Carlos e eu seguimos junto a Luis e Everton em um hummer. Rafaela e Juliana seguiram em um sedan prateado com os soldados Jorge, Ribeiro, Lima e Farias. Percorremos 2 km até encontrar o supermercado Viezzer. As ruas estavam desertas, não havia corpos nem sangue, apenas sinais de luta como cartuchos, pedaços de madeira e ferro jogados no chão juntos a sinais de acidentes, postes caídos, carros caídos, cabos de energia no chão e sinais de incêndios em algumas casas perto ao supermercado. Paramos e estacionamos os carros em frente ao supermercado. Nos reunimos em grupo. Juliana sugeriu que mentíssemos as duplas e que essas duplas ficassem cada uma com um setor no do supermercado. Sugeri então que em caso de algum ataque zumbi fossem usadas as armas brancas que não causam barulho e não atraem mais zumbis e também que se ocorrerem maiores problemas que balas fossem disparadas indo todos ao encontro do lugar dos disparos. Carlos ressaltou que tínhamos três horas a partir daquele momento para cumprir a missão. Everton começou a fazer a contagem do tempo para iniciar a missão “um, dois, três e vão”.
Quando percebi já estava correndo com Carlos. Ao olhar pra trás já não via mais ninguém. Corria com minha bereta apontada pra baixo e uma leve desconfiança martelando meus pensamentos e logo ali a minha frente estava Carlos alguém que eu não sabia como lidar naquele momento, afinal eu tinha dormido com a irmã dele. De repente Carlos parou e se abaixou. Eu fiz o mesmo. Ele olhou pra mim e me mostrou sua mão que estava com os quatro dedos levantados e um abaixado. Logo ele apontou pra mim e fechou a mão. Começou então a faze a contagem com a mão, levantou o primeiro dedo, depois o segundo e quando levantou o terceiro saímos em direção aos zumbis eram quatro deles. Peguei o primeiro com a minha machete decapitando certeiramente, depois o segundo cortei o braço e depois o acertei horizontalmente em seu crânio matando-o na hora. Quando vi Carlos, ele estava mutilando um dos zumbis já caído no chão e ao lado do outro já morto. Ele parecia estar descontando sua ira no zumbi já inativo. Olho para ele assustado. Ele retribui o olhar e saca sua magun e mira em minha cabeça. Sem reação fico parado. Em um instante o barulho de um tiro ecoa. Abro os olhos e olho pra trás. Tinha um zumbi ao meu lado. Era o quinto zumbi que estava escondido. Olho novamente Carlos pronto para pedir desculpa por desconfiar dele quando ouvimos novos incessante disparos.
Corremos então em direção dos novos disparos. Matamos alguns zumbis que aparecem no caminho e então finalmente chegamos. O que vimos era o soldado Jorge morto no chão com a sua perna jogada na prateleira e seus órgãos internos separados com em um quebra-cabeça e o soldado Ribeiro atirando desesperadamente em um zumbi alto devia ter uns 2 m. de altura e pesar uns 160 kg. Em sua cabeça faltava o olho esquerdo e sua orelha direita parecia ter sido arrancada. Ele mancava e exalava um cheiro horrível de pútridão, também não tinha cabelo em seu corpo se encontrava inúmeras marcas de balas e cortes. Provavelmente outras pessoas que tentaram matar aquele zumbi. Começamos então a disparar balas em sua cabeça, mas parecia não funcionar como se aquele zumbi tivesse uma placa de titânio em volta do crânio.
Daí eu tive a idéia de usar a granada. Pedi ao soldado Ribeiro que fugisse e ao Carlos para que me cobrisse. Eles fizeram o que eu pedi então disparei no teto chamando o zumbi de gordão, fedido.
– Vem cá seu zumbi bundão, estou aqui olha como o meu bracinho é delicioso, venha me pegar seu monte de bosta filho da puta. Seu fedorento será que puxou a mamãe hein.
O zumbi veio em minha direção ainda salivando e degustando o sabor do pobre Jorge. Quando ele estava há uns 3m e meio de distância puxei a minha shotgun e atirei em seus joelhos. Ele caiu então puxei a granada do meu cinto, retirei o pino e joguei em sua direção. Daí me virei e disse pro Carlos “corra que a granada vai explodir”. Demos alguns passos e pulamos. A explosão nos impulsionou pra frente nos fazendo cair uns dois m. pra frente de onde estávamos. Abri os olhos e vi Carlos me encarando, ele estendeu sua mão e eu a segurei. Após me levantar resolvi agora conversar com ele.
– Cara foi mal eu dormir com a sua irmã, mas eu e ela já somos bem crescidinhos e podemos tomar decisões por nós mesmos. Se quiser ficar com ódio de mim, pode ficar e foda-se não vou me desculpar, pois não fiz nada de errado.
Ele me mostrou o a mão, fechou-a e apontou para seu punho e disse:
– ta vendo essa mão aqui, pois é eu deveria afundar o seu crânio com ela, mas não perderei meu tempo com um bosta feito você. Já vai chegando me tendo a banca de fodão e quando vejo já ta traçando a minha irmãzinha.
– Foda-se você e sua mão. Enfie no seu rabo se quiser. Se quer brigar vem cai dentro que eu te arrebento seu merda.
Começamos a brigar. Acerto um soco na cara de Carlos ele revida com um joelhaço em meu estomago. Eu pego sua perna e derrubo a outra perna fazendo-o cair. Quando vou socar sua cara ele me empurra com a outra perna e se levanta. Ele tenta me chutar com um chute direto no peito, mas eu novamente seguro sua perna co, mas mãos e jogo minhas duas pernas em seu peito. Nós dois caímos no chão. Me levanto ainda pronto pra brigar, porém ele havia desmaiado. Aparecem então seis zumbis. Rapidamente levanto Carlos e colo em meu ombro a fim de carregá-lo até a saída. Ao sair apressado, cansado e ofegante carregando um companheiro que talvez me quisesse morto penso naquele momento se era certo o que eu estava fazendo. Acabo entendendo que sim. Que era o certo a se fazer. Em quanto isso Carlos virado em direção as minhas costas abre um de seus olhos e percebe que os zumbis estão seguindo ele e que eu o carregava. Chegando perto da saída encontro Juliana na porta principal do supermercado. Ela pergunta o que houve e eu respondo que fomos emboscados por alguns zumbis e que contaria o resto depois, então seguimos em direção aos carros e vamos embora daquele lugar. Consegui ver pelo espelho de trás do carro os zumbis desenganados por nossa fuga ainda sedentos de fome.
Estávamos no sedan eu, Juliana, Rafaela, Ribeiro e Carlos. Atrás de nós estava o hummer sendo dirigido por Everton, no banco do carona Luis e no banco de trás os soldados Lima e Farias.
Juliana pergunta assustada o que realmente havia acontecido. Eu fico pensativo na dúvida se mentia ou contava a verdade, tentando escolher as melhores palavras para explicar o que havia ocorrido naquele supermercado. Quando começaria a falar Carlos toma à dianteira e começa a contar.
– Eu e o Gomes ouvimos tiros seguimos até a origem dos disparos e encontramos Jorge já morto no chão e o soldado Ribeiro lutando por sua vida, então o Gomes cuidou do zumbi Golias que era anormal, muito forte e resistente.
Ribeiro que estava dirigindo o carro ainda nervoso diz que infelizmente era isso o que tinha acontecido e nenhuma palavra mais foi dita durante a trajetória até o refugio.
Chegando ao refugio ainda abatidos pela perda do soldado Jorge e cansados dos combates encontramos o tenente Renan na porta. Contamos a ele o ocorrido ele triste tenta esconder seus sentimentos tentando nos confortar dizendo que isso acontece que ele morreu lutando, e que ele deve estar em um lugar bem melhor do que estava antes. Everton olha para o relógio e diz onze horas e vinte e três minutos. A missão foi cumprida e que os suprimentos estavam no carro.
Voltamos para o alojamento, já exaustos e querendo apenas descansar quando de repente as luzes vermelhas acenderam e um soldado gritou “código nível 2, código nível 2…”. Todos subiram correndo ao encontro do tenente Renan em sua sala. Quando chegaram viram ele com o rádio sobre a mesa e alguns monitores mostrando dois caminhões do exercido guiados por um zafira preto. Everton já na sala fica eufórico dizendo “finalmente a ajuda chegou, aleluia irmão”. O Tenente Renan e olha e diz:
– Não são boas noticias.
Serão amigos ou inimigos? Por que não são boas noticias? Será que eles não procurarão nos ajudar ou terei que confiar novamente em minha arma.
–
Autor: William Santos / @willsanttoos
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