Entrevista com Lauren Cohan – Encontrando o equilíbrio no Apocalipse Zumbi

No meio da atuação no apocalipse zumbi em The Walking Dead, a atriz Lauren Cohan encontrou uma fantástica sensação de paz.

O site Small Screen Scoop conversou com Lauren Cohan quando ela estava em mini férias, apenas um dia depois da sua entrevista com Conan O’Brien ir ao ar na TBS. Bem, se eu já não fosse fã dessa atriz nascida na América que se mudou para a Inglaterra, após vê-la em Supernatural, Chuck, The Vampire Diaries e The Walking Dead – eu teria me tornado depois disso. A moça falou a verdade sobre os puns do cachorro, e eu respeito isso numa pessoa.

Quando eles falaram sobre o infame episódio em que Maggie ajuda no nascimento do bebê de Lori, a voz de Cohan ficou mais lenta e adquiriu um tom reflexivo. Em muitos momentos ela fez pausas, já que qualquer coisa poderia ser considerado uma resposta pré-fabricada. Eu poderia ouvi-la pensando, e eu suspeito que, naqueles momentos, ela estava revivendo aqueles dias em que gravou o episódio no sol da Georgia. Eu não romantizaria isso, exceto por estarmos falando sobre aquele episódio e aquelas cenas. Sabe de uma coisa? Você chorou. Eu chorei. Todo mundo chorou.

Junto com uma conversa sobre uma casa muito assustadora e com a sugestão dos spoilers da terceira temporada, Cohan me surpreendeu ao tocar uma nova aventura em seu horizonte.

Small Screen Scoop: Eu quero te parabenizar sobre o Conan na noite passada. Acredito que foi muito bem. Como foi?

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Lauren Cohan: Sim, foi ótimo. Na verdade, foi a minha primeira participação em um talk show, então foi muito animador. Aquele dia foi calmo. Fique atrás da cortina e eles me chamaram em 45 segundos… e de repente meu coração estava na boca, e eu pensei, “Estou calma, estou calma, estou calma…”

Eu fiquei muito feliz por Cohan me ajudar com os passos. Foi muito fofo. E eu não tinha percebido o quanto a minha saia estava apertada ao redor dos joelhos, então pensei, “Espera, eu só posso dar passinhos pequenos.”

Adorei o seu cabelo na ocasião.

Sim, é divertido ficar enfeitada.

Almas assombradas

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Antes dessa ligação, um caminhão esquisito estava estacionando na minha estrada e eu comecei a pensar o que usaria como arma no caso de alguém tentar invadir. Então, agora estou imaginando que trabalhar no seriado faz você sentir mais paranoica ou pronta para agir agressivamente no seu cotidiano?

Essa é uma boa pergunta. Eu sinto que estou mais alerta, mas não necessariamente de uma maneira negativa. Me sinto mais receptiva às coisas desde que estou no seriado. É um presente… nós gravamos mais no lado do campo, o que é ótimo para o meu espírito e para meu senso de perigo. Mas eu definitivamente tenho uma imaginação bastante viva.

Estava visitando minha família… e nós tínhamos essa porta aberta ontem à noite e a distância está essa silhueta de cacto. Parecia impressionante, e não foi o cacto que me assustou. Foi tão surreal ver aquilo com aquela distância. Eu passei por todo esse visual de alguém, tipo, passando pela porta e se sentando… Acho que eu tenho fantasmas no cérebro. Estava com um amigo e nós meio que ficamos obcecados com o oculto. Estava em Los Angeles, e parece que há muitas histórias de fantasmas e coisas estranhas por lá.

É uma casa assombrada, com certeza.

Existe essa casa perto da qual moram os meus amigos. Foi comprada nos anos 50 e quando a família descobriu que houve um assassinato antes de comprarem a casa, eles literalmente a abandonaram. E ela permaneceu absolutamente intocada. A árvore de natal com os presentes ainda estão lá. Está coberta de poeira como uma casa assombrada completamente preservada dos anos 50, é uma autêntica casa preservada em que ninguém morou. É muito assustadora.

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[Spoilers sobre a terceira temporada de The Walking Dead abaixo!]

Terceira temporada de The Walking Dead – Bebê, Namorado, Papai

Essa é uma pergunta sobre o ultimo episódio exibido quando houve todas aquelas mortes trágicas e o nascimento. Eu vi você se afastar do grupo e fiquei imaginando se era difícil representar com tantas emoções e segurar o bebê? Era um bebê verdadeiro?

Sim, era um bebê verdadeiro. Na verdade, nós tínhamos gêmeos no set que ficaram conosco por alguns episódios. Mas sim… sair… todo aquele episódio foi doloroso para mim. Andy (Andrew Lincoln) foi meu apoio lá. Estou caminhando como Maggie, tentando contar a Rick, sabendo que não há um modo de contar a ele… É tudo uma questão de estar no momento.

Você não se preocupou em ficar emocionada e derrubar o bebê? 

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Não, pois no momento minha prioridade era segurar o bebê. E o bebê é literalmente como o Messias. Houve um momento em que eu alcancei ele (Andrew Lincoln) para impedi-lo de entrar na prisão e, quando eu assisti àquela cena, eu acho que você pode perceber que estou tentando manter o bebê em segurança.

Aquela foi uma cena incrível para todos nós. E o Andy, naquela cena?

É, sim.

Eu realmente me conectei com ele. Eu saí por aquela porta e me concentrei em me conectar com ela. E certamente não foi fácil.

Glenn e Maggie são um casal fofo. Você acha que a chave de ter um relacionamento é ter algo tão grande acontecendo – tipo o apocalipse zumbi – que você deixa de se importar com os problemas pequenos? Ou eles ainda tem essas pequenas questões.

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É. Exatamente. Isso. Você foi ao ponto certo.

Existem os problemas pelos quais você passa, que surgem em um relacionamento, mas é como se eles não tivessem tempo para esse tipo de análise.

A situação faz todos se tornarem pessoas melhores. O seriado e a situação são ótimas para nós. Seu senso de prioridades quando você faz isso todos os dias é maravilhoso porque você não se preocupada com nada que… isso não é relativo às grandes questões, eu acho. Pelo menos não até você chegar em casa e os telefones pararem de funcionar.

The Walking Dead permeou minha própria vida, me tornou completamente… eu nem sei. Estou muito mais próxima da minha família desde que comecei a participar da série. Estou mais próxima das pessoas. Nós temos sorte. Nós temos muita sorte mesmo de fazer isso.

Vai parecer maldade, mas teria sido mais fácil para Maggie e os outros se Hershel não tivesse resistido e tivesse morrido em consequência do ferimento na perna?

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Não. Ela definitivamente se fez essa pergunta. Ela queria deixá-lo ir pelo bem dele. Mas eu acho que o fato dele ter sobrevivido é tão encorajador para o grupo. Porque há, de fato, uma razão para viver. E eu acho que seria difícil não ver as coisas como sinais, agora. Isso dá a Maggie uma verdadeira âncora. Eu acho que o retorno de Hershel das circunstâncias quase impossíveis é exatamente o que eles precisavam. E eis que isso não dura muito. Nós tiramos proveito do que é possível.

A quarta temporada de The Walking Dead – Suicídio ou Força?

Você leu o bastante dos quadrinhos para ver coisas que não foram incluídas e que você queria que tivessem incluído para você fazer?

Sim, eu li os quadrinhos até a prisão. Não vi muito além disso. E eu sei que Maggie se torna bastante suicida em um certo ponto. Eu não sei necessariamente se essa storyline virá agora, já que vimos a representação suicida com Andrea se sentindo assim e retornando da beira desse caminho.

O que eu realmente considero interessante na Maggie é que ela perdeu muito mas ainda tem sua família e ganhou essa relação especial com Glenn. Eu gosto de sua espiritualidade aprofundada com tudo isso. Acho que Maggie só fica cada vez mais forte conforme o tempo passa. E eu acho que essa é uma escolha interessante dos quadrinhos.

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Mas ela não poderia fazer isso sem o Glenn. Eles têm… nós veremos, nessa temporada, eles tiram o outro da borda do precipício.

Um Futuro Musical

Há alguns episódios, Maggie e Beth cantaram uma canção e Emily a gravou. Você pode falar um pouquinho sobre isso?

Foi tão legal. Emily é como uma verdadeira irmã para mim, então, cantar aquela música com ela foi… ela é tão doce e encorajadora e incrível. Eu sempre adorei cantar. Nunca tinha levado isso a sério até agora. Eu canto e toco piano com meu namorado, e é muito divertido. Então, ter uma chance de gravar aquilo… eu acho que foi o começo de alguma coisa para mim. Eu acho que é definitivamente o começo de mais disso para mim. Estou pensando sobre o que realmente quero fazer.

É muito animador. E eu vou à igreja. Eu não sou, na verdade, cristã, mas eu vou à igreja em Atlanta. É o melhor lugar no mundo para a música Gospel. Definitivamente farei minha tour do melhor Gospel em ATL.

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Você tem medo do escuro?

Você mencionou em outra entrevista que cresceu amando Star Trek. Que coisas absolutamente nerds vocâ ama?

Ah, The Famous Five (Os Cinco). Você conhece The Famous Five? É uma série de livros infantis. Eu era uma leitora voraz quando era criança. Era obcecada por R.L. Stine e Christopher Pike. E todas aquelas coisas… Ouija… Foi definitivamente onde tudo começou para mim. Houve muitas coisas geeks, elas serão reveladas lentamente no curso da minha carreira.


Fonte: Small Screen Scoop
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil

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Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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