Diga adeus à fazenda e Olá para a perigosa e dura PRISÃO!
É lá que a audiência encontrará os sobreviventes quando The Walking Dead retornar para sua terceira temporada. Mas não espere que a prisão seja uma fortaleza para Rick (Andrew Lincoln) e companhia num mundo pós-apocalíptico no qual se passa a série da AMC. Na verdade, o produtor Glen Mazzara a compara a uma casa assombrada. (American Horror Story!)
A prisão não é a única nova paisagem. A terceira temporada será dividida entre a prisão e a cidade de Woodbury, domínio do Governador (David Morrisey), vilão apresentado recentemente. Será que é nessa cidade que o desaparecido Merle Dixon (Michael Rooker) esteve todos esses meses?
Para entender a terceira temporada – e desmembrar a um pouco controversa segunda temporada – o TV Guide procurou Glen Mazzara e o produtor executivo (e também criador da HQ) Robert Kirkman para descobrir as consequências da morte de Shane e como essa temporada se comparará com a última. “A audiência não estará à frente de The Walking Dead na terceira temporada”, provoca Mazzara.
Que lições você aprendeu com a segunda temporada?
Mazzara: As lições que aprendi foram: 1. Mantenha assustador; 2. Confie na audiência; e 3. Escute. Eu tenho escutado os fãs. Escuto o fantástico time de produtores. Escuto uma das mesas de escritores mais talentosas com a qual já tive o prazer de trabalhar. Só sou sortudo o bastante de trabalhar com vários grupos de pessoas diferentes e talentosas e todas elas adicionam uma visão à série.
Há algo que você mudaria ou faria diferente na segunda temporada?
Kirkman: Não, definitivamente não. Há coisas que não achei perfeitas, mas tudo vai muito bem e as pessoas gostam tanto dos quadrinhos quanto da série, então eu não quero estragar tudo.
Mazzara: Pra ser sincero, eu não acho que mudaria as coisas na segunda temporada. Eu me sinto muito orgulhoso dela. Eu acho que a história se revelou de uma maneira muito interessante e surpreendente.
Algumas pessoas acharam que todo o tempo gasto na fazenda diminuiu o ritmo da temporada. O que você diz disso?
Mazzara: Eu não ouvi esse tipo de crítica na segunda metade da temporada. Depois que Sophia (Madison Lintz) foi encontrada no celeiro, acho que as pessoas perceberam que não era bem o caso. Acho que acertamos nosso passo com o da narrativa. Sophia saindo do celeiro trouxe tudo à plena ebulição. Não acho que esse será um problema na terceira temporada. Eu garanto que as pessoas dirão que a série está indo rápido demais e tem coisas demais. “Tem muita coisa acontecendo, não consigo acompanhar, é tão excitante!” Confie em mim, eu sei que as pessoas dirão isso porque estamos fazendo sucesso e esperamos que a audiência acompanhe. Ela não estará à frente de The Walking Dead na terceira temporada e terá de se esforçar para acompanhar porque estamos com uma narrativa bem acelerada.
Essa parte da HQ é bem perturbadora, entre assassinos psicóticos, lutas de zumbis, estupro e assassinato de um personagem importante. Essa violência permanecerá intacta ou você terá de adaptar para a TV?
Mazzara: Somos uma série forte. Nós corremos riscos. Estamos engajados no que queremos fazer e não vamos segurar o baque. Quando você se compromete com um ponto de vista forte, nem todos os telespectadores vão gostar. Estamos cientes disso. Isso é parte de ser parte de uma série de qualidade na TV à cabo.
Kirkman: Definitivamente algumas coisas terão de ser ajustadas. Há algumas limitações, mas eu não acho que essas limitações ditem que não podemos contar a mesma história dos quadrinhos. Só significa que temos de contá-la de uma maneira diferente.
Na segunda temporada, a fazenda foi uma fortaleza para o grupo. A prisão será seu novo lugar seguro ou será mais como a fazenda, que claramente se mostrou um desastre?
Mazzara: A prisão é uma presença ameaçadora por ela mesma. É uma casa assombrada. Não é tão tranquila ou segura como o grupo ou a audiência gostariam. Ainda há muito perigo, sempre à espreita, dentro e fora dos muros da prisão.
Rick deixou muito claro pro grupo que tipo de líder ele é agora. Haverá divergência no grupo?
Mazzara: O público se surpreenderá com a dinâmica do grupo este ano. Rick é um líder muito forte. Há muita bagagem emocional carregada da segunda temporada e, ainda assim, todos os personagens se desenvolverão de uma maneira orgânica e surpreendente.
E Carl (Chandler Riggs)? Como matar seu primeiro zumbi irá mudá-lo?
Mazzara: Estamos interessados em explorar Carl como um soldado criança nessa guerra contra os mortos-vivos. Ele não é mais o garotinho que precisava de cuidados. Esse Carl se foi. Agora ele está num momento em que o personagem se torna tão funcional ao grupo quanto Rick ou Daryl (Norman Reedus) ou qualquer outro.
Como Rick e Lori lidarão com isso?
Mazzara: O maior conflito de Rick e Lori é deixar sua culpa e seu luto pela morte de Shane. É um casamento numa fase turbulenta. Acho que será interessante ver esses dois personagens tentando reparar o casamento quando o mundo ao redor se despedaçou.
O grupo ainda estará em luto por Shane e Dale (Jeffrey DeMunn)?
Mazzara: Obviamente, essas foram perdas muito, muito grandes para nosso grupo. Mas a série estará renovada e terá novas dimensões e novas dinâmicas entre os personagens, especialmente agora que apresentaremos novos cenários, novos enredos e outros novos personagens como o Governador e Michonne. O público não terá de se preocupar em manter na memória as temporadas passadas. Estamos entrando em um novo território.
Vocês têm fobia de spoilers depois de as mortes de Dale e de Shane terem vazado muito antes do previsto?
Kirkman: É definitivamente algo contra o qual estamos lutando. Mas no fim, uma das coisas sobre esse vazamento de informação foi que, no episódio em que eles morreram, era como se ninguém soubesse. Estávamos preocupados se a reação seria “Ah, isso é tedioso e anticlimático.” Mas assim que vimos a resposta aos episódios, entendemos que quando esse tipo de informação vaza, um número muito pequeno de pessoas fica grudado na internet esperando pra saber. Eu estou tentando aceitar que isso às vezes é inevitável e que a audiência pode controlar o que vê.
Como você decidiu juntar Michonne (Danai Gurira) e Andrea (Laurie Holden), que é bem diferente do que acontece na HQ?
Mazzara: Eu queria dar mais destaque a Andrea e desenvolver essa personagem em seus próprios termos. Não na sombra de Dale ou de Shane. Acho que Andrea está pronta pra ficar sozinha e será interessante ver juntas duas perspectivas femininas tão fortes.
Com o Governador chegando, quão parecida com o que vimos nos quadrinhos será a cidade de Woodbury?
Mazzara: Nossa Woodbury vai ser muito familiar aos fãs dos quadrinhos. No entanto, contaremos a história do nosso jeito e a faremos nossa.
Michael Rooker retornará como Merle Dixon. Podemos deduzir que ele está com o Governador?
Mazzara: Não importa com quem Merle está, ele está sempre sozinho. Michael Rooker está fazendo um ótimo trabalho mantendo seu personagem como nosso fator X. Sua mão faltando é um lembrete do que Rick e seu grupo fizeram a ele. Isso é algo que ele nunca esquecerá.
Agora que o grupo sabe que eles podem e irão se transformar em zumbis eventualmente, como isso muda sua visão de vida?
Mazzara: Todos foram afetados de uma maneira. Alguns estão indiferentes. Outros vêem a vida como algo ainda mais precioso. Suas tentativas de entender isso levam a momentos surpreendentes entre os personagens. Estamos nos distanciando do elemento do suicídio.
A série já é bem diferente da HQ em vários aspectos. Com os quadrinhos chegando à marca das 100 edições, quão diferente você acha que a série será quando chegar ao centésimo episódio?
Kirkman: A série está operando em sua melhor forma quando, no meio de uma cena, você percebe que aquela cena está na HQ. Eu gosto quando essas coisas te pegam de surpresa. No episódio 100, a série estará num lugar realmente diferente, presumindo que cheguemos tão longe, mas sempre haverá enredos diferentes dos da HQ que fazem seus próprios caminhos.
Há alguma parte dos quadrinhos que vocês não querem fazer na série? Robert mencionou anteriormente – ALERTA DE SPOILER – que não quer cortar a mão de Rick.
Kirkman: É, e conforme chegamos mais perto dessa parte, eu não quero ficar lembrando as pessoas que eu fui tão categórico quanto a isso. Constantemente temos ideias pra HQ que seriam demais se Rick pudesse… oh, Rick não pode fazer isso, ele só tem uma mão. Isso é algo do qual me arrependo, mas não deixaria para traz. Não estou colocando nenhuma regra. A terceira temporada vai ser bem maluca.
Mazzara: Só porque não fazemos algumas cenas como foram feitas nos quadrinhos não significa que não as faremos mais para frente. Tudo está no jogo. Não diria que nada está além dos limites. Não estou interessado em terminar o enredo do Governador, da Michonne ou da prisão muito em breve. Estamos chegando no centro, no coração da coisa, acho que no cerne da HQ de Robert. Nós realmente temos muito material excelente para explorar. Eu espero explorar tudo isso por um bom tempo.
The Walking Dead retorna neste Outono na AMC. A data de estréia provavelmente será anunciada na Comic-Con (próxima semana), onde a HQ na qual a série é baseada também irá celebrar sua 100ª edição.
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Fontes: TV Guide
Tradução: Victória Rodrigues / Staff WalkingDeadBr
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