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David Morrissey fala sobre O Governador e sobre o desejo em dirigir um episódio de The Walking Dead

“Eu faço chá no set, eu amo estar lá”, diz o ator britânico.

O site Listener bateu um papo com David Morrissey sobre as ações do seu personagem, o que ele está aprontando na quarta temporada e muito mais. Confira:

Depois de matar algumas de suas pessoas, no final da terceira temporada, o Governador está lá fora, à espreita. O que ele está fazendo na quarta temporada?

Você vai ter que esperar e ver. O que eu posso dizer que é que quando ele chegar você vai ter que ter em mente que ele é muito rápido – ninguém poderia fazer algo parecido, fazer aquilo para seu povo sem mudar de alguma forma, e ele é um homem mudado, posso dizer isso.

Nós te vimos em vários papeis sérios – você mesmo interpretou o ministro britânico Gordon Brown – por que assumir um papel de esquerda como o Governador?

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Eu conheço o Andrew Lincoln há muito tempo e, quando o piloto chegou aqui (na Inglaterra) ele estava lá junto com um outro amigo meu, Lennie James, por isso me sentei com um grande interesse em ver e eu adorei. Eu pensei que tinha todos os elementos que se que queria de um programa de TV e eu assisti toda a primeira temporada e ficou ainda melhor e melhor. E eu estava na metade da segunda temporada, quando eu estava em Los Angeles visitando um amigo quando meu agente disse “The Walking Dead está interessado em você para um papel” e eu disse, “Certo, me coloque lá dentro”, e eu os conheci, e isso aconteceu muito rapidamente. Eu não conhecia as HQ’s, então eu não conhecia realmente o papel, o que falava, mas eu estava mais do que feliz para assinar. Cheguei a ele como um fã.

Você descobriu mais tarde que o Governador na HQ na verdade é um psicopata?

Sim, eu sabia que não ia ser como comprar flores no show. Uma das coisas que foi mais importante pra mim, uma vez que consegui o papel e me reuni com a equipe e vi o material dos roteiristas, foi a de que o caráter do Governador lembrava mais o personagem que estava no livro de Robert Kirkman, “A ascensão do Governador”. Quando você lê os romances, há dois livros – A Ascensão do Governador e Caminho para Woodbury – você vê que é um personagem diferente, uma pessoa muito mais complexa, lhe dá uma jornada humana. Quando me encontrei com os escritores, eu disse, se um homem vai fazer coisas terríveis, eu quero ver de onde ele está vindo, eu quero ver quais são seus demônios, porque ninguém é puramente mal, você tem que ver as ideias girando e as motivações para o que ele está fazendo, e acho que os escritores entregaram isso pra mim. Eu estava realmente muito feliz com o que aconteceu na terceira temporada no sentido de dar a este homem uma história e uma relação com sua filha e eu achava isso muito, muito importante.

Existe um ponto onde ele se tornou mal, quando isso apareceu pra ele?

Sim, eu acho que quando Michonne mata sua filha, mesmo que sua filha seja um zumbi, de um jeito muito brutal e na frente de seus olhos e, em seguida, ele perde um olho em uma luta subsequente. A partir de então, eu acho que ele é um homem brutalizado, eu acho que ele é um homem traumatizado e acho que ele é um homem que quer vingança e não há uma grande quantidade de luz vindo para ele, então ele se fecha. Eu acho que o que você vê aqui é um homem que tinha alguma ideia de humanidade, amor ou espírito humano, se fechando muito rapidamente. Da mesma forma, eu acho que seu ato final da temporada, quando ele se vira contra seu próprio povo, é um ato que está fora do personagem, é uma cisma de seu cérebro, uma névoa vermelha que cai sobre ele. Não foi um ato premeditado, de qualquer maneira, e nós vê-lo sentado no carro profundamente traumatizado, acho que na quarta temporada, é onde nós iremos busca-lo.

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Em um nível pratico, é difícil atuar com um tapa-olho?

É, especialmente, quando você está lutando. Nós fizemos um monte de acrobacias – lutar, dirigir, atirar com uma arma com um olho só é particularmente difícil. Você tem dores de cabeça e você está constantemente esbarrando nas pessoas.

Zumbis são geralmente considerados uma metáfora – você já pensou sobre o que é uma metáfora para The Walking Dead?

É muito mais sobre um mundo inseguro. Essa ideia – sem identificar um determinado povo ou identificar o perigo – eles são o perigo que se esconde lá fora. Esse perigo pode ser tribal, químico, guerra civil, a ideia de que vivemos em um mundo instável e estamos preocupados com o futuro. Nós nos preocupamos com a nossa segurança, o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos e eu acho que o apocalipse zumbi é um bom lugar para explorar esse cenário.

Tem sido uma surpresa para você que uma série de apocalipse zumbi seja tão popular?

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Agradavelmente surpreendido, mas quando vejo o trabalho que tem sido para o show, o cuidado que as pessoas tomam sobre isso, eu não fico surpreso. Trata-se de um grande show. É divertido de fazer, é um grande personagem, ele é realmente cheio de maravilhosas emoções humanas, e também tem esses grandes efeitos especiais de [produtor executivo] Greg Nicotero e sua equipe com os zumbis. Os caras que vêm são tão brilhantes e levam isso tão a sério, eles estão muito felizes de estar lá. É uma coisa muito estranha pra mim, porque às vezes eu estou andando em Atlanta e alguém vem pra cima de mim no supermercado e diz, “Você esmagou minha cabeça semana passada” e eu falo: “Eu fiz isso? Eu não reconheci você sem sua maquiagem de zumbi”. Estou agradavelmente surpreendido com os números, acho que ninguém poderia ter previsto isso, mas quando eu olho pro show e vejo o trabalho colocado nele, não é nenhum surpresa para mim que as pessoas gostem tanto, porque é o que um grande show faz.

Você já dirigiu cinema e televisão no Reino Unido – há alguma chance de você dirigir um episodio de The Walking Dead?

Eu adoraria fazer isso. Eu me dei para eles me conhecerem. Não há nenhum movimento sobre isso, mas eu adoraria fazer. Para ser honesto, eu faço chá no set de The Walking Dead, eu amo estar lá. Tudo o que puder estender meu tempo lá, eu estarei esperando vários anos como ator, mas eu adoraria dirigir.


Fonte: Listener
Tradução: @LuanaSieb / Staff Walking Dead Brasil

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Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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