A mais nova temporada destaca qualidades centrais que vão muito além de carne mastigada.
Enquanto o espetacular sucesso de The Walking Dead não poderia ser premeditado, o último episódio da série da AMC – o melhor de sua quarta temporada – destaca nitidamente alguns ingredientes chaves. De fato, quase toda batida dessa hora esplêndida reforçou porque isso é mais que um festival regado de sangue, embora certamente isso também ocorreu.
ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do quarto episódio da quarta temporada, “Indifference” (Indiferença).
Além das qualidades óbvias – ação, suspense, armas legais (besta, espada samurai e facas) e dominar novas e criativas maneiras de esmagar e explodir cabeças de zumbis – aqui vai 5 atributos, sem nenhuma ordem particular, que distinguiram o programa e foram muito bem representados no episódio de 3 de novembro, “Indifference”:
1. Ambiguidade moral. A troca inteira entre Rick (Andrew Lincoln) e Carol (Melissa McBride, que está simplesmente formidável nesses últimos episódios) destaca a questão fundamental que ecoa na série – ou seja, como as pessoas conseguem se prender a sua humanidade e senso de valores em meio ao apocalipse, onde a sobrevivência é constantemente ameaçada e, em termos de civilidade, todas as apostas parecem não existir.
A disposição de Carol para cometer assassinato pensando no bem coletivo, revelado no episódio da semana passada, forçou Rick – que também quebrou seu voto inicial sobre não matar os sobreviventes – a contemplar o que equivale a cruzar a linha, seja lá onde essa linha se encontra.
Aonde o pragmatismo se tornou crueldade? Não é uma resposta simples, especialmente levando em conta as perdas pessoais que ambos os personagens sofreram ao longo da série, e suas mudanças ao lindamente zerar essa tensão.
2. Variedades sem esforço. A segunda trama do episódio contou com quatro personagens em busca de suprimentos médicos. Como aconteceu, três deles (interpretados por Danai Gurira e os personagens de “The Wire”, Clad L. Coleman e Lawrence Gilliard Jr.) são negros.
Muitos programas trabalham com a diversidade, mas “Walking Dead” conseguiu apresentar um amplo espectro de atores de uma forma que parece ser completamente orgânica – talvez em parte porque uma vez que o apocalipse começa, as únicas distinções que importam são “viver” e “comer carne”.
3. Derramando personagens – e recarregando. Não está claro se estamos vendo Carol pela última vez, mas assumindo que ela foi expulsa para o bem, é apenas uma última partida de um elenco que mudou quase inteiramente, com exceção de Rick, seu filho Carl (Chandler Riggs) e Glenn (Steve Yeun). E antes que alguém grite “Daryl!”, o caipira que carrega uma besta, Norman Reedus, não apareceu até metade da primeira temporada.
Obviamente, há um projeto para ele nos quadrinhos de Robert Kirkman, mas a noção de cortar alguns personagens-chaves tão promiscuamente quanto “The Walking Dead” vai contra praticamente toda a noção de manutenção da franquia de TV e tem ajudado a manter o programa fresco e o público desprevenido.
O ex-diretor, Glen Mazzara, escreveu uma coluna interessante em primeira pessoa sobre isso, concluindo “Eu conto histórias. Nem todas tem um final feliz. Nem todo mundo faz disso uma casa.” Simplesmente colocado, nenhuma emissora precisa dar a “The Walking Dead” uma nota dizendo: “Aumente as apostas.”
4. Elenco fantástico. Programas de gênero raramente recebem os créditos que merecem nesse quesito, mas “Walking Dead” tem sido especialmente vocacionado para a adição de personagens interessantes, incluindo Scott Wilson como o avô Hershel. Há também um elemento de sorte em que até os produtores não perceberam em Riggs, um ator mirim que literalmente cresceu de uma forma especialmente ressonante.
5. Uma humanidade subjacente. Francamente, esta é uma área onde “Walking Dead” ocasionalmente tropeça, ou pelo menos trata com negligencia quando são pegos no processo de acrescentar sangue na formulação que tende a queixas quando um episódio não mostra muitas tripas de zumbis.
O último episódio, no entanto, relembrou aos espectadores que esses cadáveres que babam já foram pessoas normais antes, levando Rick e Carol a uma vizinhança suburbana, onde a câmera flutuou sobre fotos de família. Claro, eles são monstros irracionais agora, mas eles não eram antes do mundo se tornar o inferno – proporcionando um mero sabor das preocupantes perdas experimentadas antes que Rick acordasse daquele coma.
Qualquer programa que conquistou esse tipo de classificação que “Walking Dead” ganhou está sendo assistido por uma série de razões diferentes – incluindo aquelas pessoas que tem depósitos de estoque e esperam por alguma versão de Armageddon para realmente acontecer. Além disso, as equipes de executivos e sociólogos sem dúvidas estão analisando tais fatores para os próximos anos.
Mas, por enquanto, essas cinco razões estão boas – assim como esse quarto episódio da quarta temporada foi tão bom quanto o programa ficará.
E você, quais são suas razões para achar The Walking Dead um super sucesso? Deixe nos comentários abaixo.
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Fonte: Variety
Tradução: @LaisYes / Staff Walking Dead Brasil
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