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A maturidade de Clementine na 2ª Temporada do The Walking Dead The Game

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ATENÇÃO: Há alguns spoilers da segunda temporada do jogo de The Walking Dead – Episódio 1 “All that Remains” (Tudo o que restou) nos parágrafos a frente. Se você ainda não jogou esse episódio ou aqueles antecedentes a ele, e não quer estragar as surpresas, não continue lendo.

Clementine se tornou um dos personagens de vídeo game mais cativantes dos últimos anos. A presença da garota na primeira temporada do The Walking Dead The Game foi aguda, mas não de modo a afetar a jogabilidade, o que acabou sendo interessante. Em vez disso, a Telltale Games se certificou de que Clementine sempre estivesse à frente dos grandes momentos do jogo para aguçar o nosso apego emocional não somente a ela, mas ao resto dos personagens também.

Não demorou muito até que você percebesse o quanto se preocupa com Clemetine. Ela era uma garotinha. Ela era o retrato da vida, do amor e da inocência de uma forma que só as crianças apresentam.

De alguma forma, você queria proteger essa inocência – proteger do mundo e das novas realidades duras sobre a morte e a falta de esperança.

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Lee sempre foi o centro desse apego. Alguns o chamavam de protagonista, e apesar de certamente ser, ele era também um instrumento usado para proteger Clementine de uma maneira que só você poderia. Contudo, após a morte de Lee no quinto episódio da primeira temporada, e o anúncio de Clementine como a personagem principal e jogável da segunda temporada, muitos se perguntaram para onde essas emoções iriam. Elas acabariam? Alguém se tornaria o “novo” Lee? Clementine seria tão diferente que nada importaria? Todas eram perguntas válidas.

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Telltale Games escolheu um caminho surpreendente, mas fez todo o sentido. Clementine não precisava mais que segurassem sua mão. Você a ensinou sobre como cortar o cabelo seria uma proteção contra as mãos de zumbis. Você a ensinou como usar uma arma. Até ensinou a não confiar em ninguém, talvez a maior lição de todas.

O resultado de todas as lições da primeira temporada é uma Clementine mais madura para a segunda temporada. Contudo, é evidente que seu desejo em protegê-la não é algo que pode ser negligenciado ou esquecido. Então, jogando como Clementine, a Telltale Games usou o seu desejo em mantê-la segura como uma ferramenta para amadurecê-la.

Sem alguém para cuidar de Clementine você escolhe diálogos com ela que normalmente não se espera ou mesmo se quer que saiam da boca dela, tudo no intuito de mantê-la viva.

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Um momento em “All That Remains” que captura isso claramente é a conversa entre Clementine e Rebecca quase ao fim do episódio, que se passa na mesa da cozinha. Rebecca não teve medo de mostrar seu descontentamento com a presença da menina. Para Rebecca, ela era uma ameaça, com mordida ou sem. Foi à mesa da cozinha em que os sentimentos de Rebecca chegaram ao extremo, tornando-se uma série de ameaças contra Clementine. Se fosse na primeira temporada, o jogo certamente usaria Lee para desafiar Rebecca, ou ao menos tirar a atenção de Clementine.

Mas como você no papel de Clementine, foi dada a opção de protegê-la por meio de chantagem.

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“Você deveria ser mais gentil comigo,” diz Clementine, insistindo que revelaria informações a respeito de Rebecca.

Na primeira temporada, chantagem não seria uma opção, ou ao menos algo que você esperaria ver em Clementine. Mas sua sede pela segurança de Clementine, agora jogando como ela, resulta em uma pessoa bem diferente… uma Clementine mais madura.

Conforme passa por esses diálogos com a ideia de mantê-la a salvo, você participa ativamente na maturação de Clementine. Ela não é mais uma garotinha. Ela não está abrigada. Na verdade, ela tem uma certa frieza pelo mundo; posso até me estender e dizer que ela se acostumou com a nova atmosfera dele.

Então, sem Lee, você aborda Clementine e o jogo de forma diferente. O que surge é o conflito entre o bem-estar de Clementine e a vontade de vê-la de volta como aquela garota que conhecemos na casa da árvore no primeiro episódio da primeira temporada, mesmo sabendo que o último é um sonho que não volta mais.

Se essa é a abordagem que a Telltale Games está escolhendo para Clementine na segunda temporada, nós mal podemos esperar pelos próximos quatro episódios. Com milhões de diferentes maneiras para abordar Clementine no papel principal em The Walking Dead, é memorável ver como a Telltale Games está deixando o desenvolvimento dessa personagem para o jogador. De verdade, é disso que o jogo tem sido feito: suas escolhas, seus sentimentos e as pessoas que surgem por causa deles.

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O que você achou do primeiro episódio da segunda temporada? Quais suas dúvidas e teorias sobre os próximos episódios? Deixe tudo nos comentários abaixo.

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Fonte: Game Zone
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil

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