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5ª Temporada

Greg Nicotero fala sobre a barba de Rick e sobre o season finale da 5ª temporada de The Walking Dead

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[ATENÇÃO!! ESTE CONTEÚDO CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO S05E12 – “REMEMBER“!]

Rick perdeu a barba e se tornou um policial novamente. Entramos no mundo por trás dos portões de Alexandria. E fomos apresentados a um novo e mais ferozmente determinado Rick, que declarou que seu grupo vai fazer o possível para se dar bem com os alexandrinos, mas se os alexandrinos não tentarem tanto quanto eles… Rick e companhia vão simplesmente combatê-los.

O diretor de “Remember”, Greg Nicotero, falou com o TV Yahoo sobre ajudar Andrew Lincoln a ver seu rosto pela primeira vez em quatro temporadas, sobre o quão realmente significativa foi a perda da barba para Rick, sobre a fala incrível improvisada por Norman Reedus, sobre qual é o lance da arma desaparecida, sobre o novo membro do elenco – Tovah Feldshuh, e por que o final da temporada foi ampliado para 90 minutos.

Então, a barba de Andy Lincoln finalmente se foi, e você me disse que foi você quem fez a barba.

Greg Nicotero: OK, então, Andy não tinha sido bem barbeado há quatro temporadas. Parte da intenção da cena, é claro, foi para Rick desligar essa natureza feroz da sua existência, e voltar a ser o policial. Quando começamos a filmar a cena, fazia muito tempo desde que ele tinha realmente visto o seu rosto e ele estava chocado, olhando para o espelho. Andy não assiste a série. Ele é o tipo de ator que realmente não quer assistir sua performance. No passado, quando fizemos próteses sobre ele, como quando ele leva uma surra do Governador, seu rosto está todo cortado e cheio de cicatrizes. Ele amou o processo de transformação de maquiagem porque o fazia se sentir mais confortável ao se olhar no espelho, porque ele gostava de estar olhando para outra pessoa. Você entende o que eu quero dizer?

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Neste caso, eu estava em pé no banheiro com ele. Nós realmente queríamos fazer tudo em uma tomada porque não queríamos ter que colocar barba falsa e cabelo falso. Tivemos várias câmeras, e ele pegou a tesoura e começou a cortar. Em seguida, ele pegou a navalha e começou a fazer a barba. Ele estava olhando, olhando, literalmente, para si mesmo no espelho e vendo seu rosto mudar.
Foi uma experiência fascinante para mim, porque eu o vi fixando o olhar, se perguntando quem é essa pessoa no espelho que estava olhando de volta, tanto que em um determinado momento, quando ele pegou a navalha e começou a fazer a barba, ele não tinha cortado cabelo o suficiente, por isso ele foi, basicamente, apenas raspando… eu estava preocupado que ele ia começar a cortar o rosto. Então, uma vez que terminamos a parte inicial do barbear, nós paramos as câmeras e tivemos que cortar mais a barba para a parte final, porque nós filmamos como uma montagem. Ele estava tão perturbado que eu peguei a navalha e tive que raspar a maior parte de seu rosto até um certo ponto, porque ele estava em uma espécie de transe. Havia uma foto muito engraçada de mim no banheiro barbeando ele, enquanto ele está meio que com o olhar fixado em algum lugar… tipo ‘Quem é essa pessoa?’ Claro, eu fiz um vídeo dele no meu celular, e enviei o vídeo para sua esposa em Londres. Ela disse algo como, “Graças a Deus que a barba se foi.”

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Me pareceu ser um momento muito emotivo para o personagem: o ato de se barbear, o corte de cabelo, o chuveiro. Há alguns dias antes, o grupo estava racionando goles de água, e agora eles são capazes de ficar debaixo de água corrente para um banho quente. Isso é uma mudança dramática e repentina.

Greg Nicotero: Sim. Toda a motivação de Rick é ir à paisana. Ele está se tornando a pessoa que ele acha que eles querem que ele se torne. Assim, ele pode mover-se dentro da comunidade, sem ser considerado suspeito. A última fala do episódio, que é Rick dizendo: “Se eles não puderem fazer isso, nós vamos tomar este lugar”… ele está lentamente passando por esta transição, enquanto eles avaliam Alexandria para determinar se este é ou não um lugar que eles podem sobreviver, e a qual custo.

Existem alguns momentos muito engraçados no episódio, enquanto eles estão avaliando Alexandria, como quando Daryl diz para Carol que ela está ridícula em seu cardigan.

Greg Nicotero: Preciso dizer que essa fala foi improvisada por Norman [Reedus]. Isso não estava no roteiro. Quando rodamos a cena, todos ficamos ali em estado de choque e olhamos para Melissa [McBride], e foi algo como… isso é uma coisa difícil de interpretar, essa transformação da personagem. Estamos tão acostumados a passar anos assistindo todas essas pessoas sujas, suadas, cobertas de sangue. Quando Melissa saiu pela primeira vez, todos meio que começamos a rir. Mesmo Melissa disse algo como, “Isso é tão bobo. Como é que vamos fazer isso?”

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Quando filmamos os primeiros takes, Norman estava apenas rindo e rindo do quão ridícula era toda essa idéia de Carol vestir-se como uma mamãe. Cada vez que vejo essa cena, e especialmente a forma como Norman olha para ela e, em seguida, olha para trás, e diz algo como “Pfft.” Norman sempre faz isso… Eu amo Norman e Melissa, e ambos tem performances tão genuínas que ao apenas adicionar esse pouco de talento faz o episódio ser ainda melhor.

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Alexandria é um local tão icônico nos quadrinhos. Qual foi a coisa mais importante sobre representá-la na série?

Greg Nicotero: Montamos uma atmosfera subjacente muito específica de pavor em um lugar que realmente é um lugar onde eles deveriam se sentir confortáveis, mas eles não sabem como fazê-lo. Eles não sabem como baixar a guarda por uma fração de segundo. Cada ângulo que filmei em Alexandria, você sempre vê as paredes de fundo. Na 3ª temporada, foi muito difícil ter uma noção dos limites de Woodbury, porque você nunca realmente sabia onde terminava. Eu amo a idéia desta gaiola dourada em toda parte que andamos. Nós não queremos que Alexandria pareça com Main Street, USA (na Disney). Queríamos que houvesse um pouco de mistério e que fosse um pouco inquietante.

Quando Rick pede para Sasha atirar no walker no início, ele está colocando um aviso, não é? Ele quer que os alexandrinos saibam que seu grupo não tem medo.

Greg Nicotero: Isso é exatamente o que ele fez. Ele olha para eles e diz: “É uma coisa boa estarmos aqui.” Eu amo essa fala, porque é algo como… você não está de brincadeira. Você entra e se encontra com essas pessoas, e a primeira coisa que você está fazendo é apenas flexionando seus músculos e deixando bem claro algo como, “OK, não f*de com a gente, porque se fizer isso, você vai perder.”

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Deanna é uma grande nova personagem, que parece muito simples sobre o que ela quer de Rick e seu povo, mas…

Greg Nicotero: Sim. Eu acho que realmente foi um golpe de gênio de Scott Gimple, porque nos quadrinhos o personagem é um homem. E Tovah [Feldshuh] é fantástica. Nós filmamos a cena com ela e Rick [falando em sua casa] em nosso primeiro dia de filmagem do episódio. Ela desembarcou na Geórgia em um domingo, e nós filmamos essa cena na segunda de manhã. Ela teve que literalmente ficar completamente imersa em nosso mundo e aprender nove a dez páginas de diálogo em um período muito curto de tempo. Ela tem uma presença tão forte, e ela é uma adição fantástica para o elenco.

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Rick e a arma que desapareceu do liquidificador: isso pode que estar ligado aos walkers em pedaços nas matas que vimos no início da temporada?

Greg Nicotero: Eu não sei se eu deveria dizer isso, porque… é bom saber que alguém está lá fora.

E sobre o “J” gravado na arma? Esse J poderia representar Jones, como em Morgan Jones?

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Greg Nicotero: Há um pouco de história de fundo a qual não estou 100 por cento a par, porque isso foi filmado durante o Episódio 11, e eu não estava no set, porque eu estava preparando coisas para este episódio. Eu acho que, se eu pudesse dizer alguma coisa, eu diria que o J foi colocado lá para que mais tarde, se a arma aparecer novamente, saberemos quem a pegou.

AMC anunciou esta semana que o final da temporada, que você dirigiu, terá 90 minutos. Por quê?

Greg Nicotero: Porque são 90 minutos de coisas incríveis. Ouça, Scott Gimple escreveu. Quando começamos a filmar o episódio, o roteiro era longo. Quando comecei a edição, eu meio que disse a Scott, “Eu quero ter certeza de que nós entregaremos o maior episódio que pudermos, e o corte virá muito tempo depois. Eu acho que nós devemos apenas ir ao canal e propor uma hora e meia de finale, e ver como eles lidam com essa ideia.” Todo mundo topou a ideia.

É um episódio fenomenal. Cada um dos episódios que filmei nesta temporada, eu ficava pensando: “Uau, este é o melhor episódio que já fiz.” Então, eu fazia outro. Eu pensava algo como, “Eu meio que gosto deste.” Eles são todos muito diferentes, e eu fico arrepiado quando vejo o último episódio. Estou tão orgulhoso dele. É como uma casa de força e as performances são apenas destaques. Todo mundo está acionando todos os cilindros. Quando a época do Emmy chegar, se as pessoas não reconhecerem os atores e os roteiristas, então há algo seriamente errado com o sistema, porque eu não acho que nós já contamos histórias mais dramáticas e mais emocionantes na série como agora.

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Voltando para a barba de Andy. Norman Reedus tem parte dela em seu freezer, mas você tem parte dela, também, certo?

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Greg Nicotero: Eu tenho. Porque eu estava lá e foi uma experiência única para mim estar ao lado dele enquanto ele estava fazendo a barba e vendo a transformação. Eu não percebi o momento em que Norman, em tom de brincadeira, disse: “Bem, eu quero um pedaço disso. Eu quero ficar com a barba.” Quando estávamos limpando, Andy disse algo como, “Olha, eu fiz uma promessa ao Norman.” Mas, naquele momento, eu pensei que este era um momento legal, e eu sou o tipo de cara que guarda algo de cada episódio que dirigi. Eu tenho o braço de Merle. Eu tenho, desde a estréia da 4ª temporada, a placa “Este local de trabalho está sem acidentes há 30 dias”. Eu tenho uma das placas de Terminus “não é um santuário”. Eu mantive todas essas coisas como lembranças para mim, então é claro que, para o Episódio 12, minha lembrança é um pedaço de barba de Rick. Norman acha que ele tem tudo. Eu nem acho que ele sabe disso, ou se Andy sabe disso, que eu tenho um pedaço também. Mas, não tenho isso no meu congelador como Norman.

Vocês dois poderiam, teoricamente, iniciar uma guerra de clones de Andy Lincoln.

Greg Nicotero: Eu já comecei. Meu clone já tem aproximadamente 12 anos de idade. Eu não acho que esses caras sabem que vou lançar um ataque contra seus trailers com meu exército de clones do Andy Lincoln.

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Fonte: Yahoo
Tradução: Mydiã Freitas / Staff Walking Dead Brasil

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