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Quem vive e quem morre em The Walking Dead

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Deixe Rick de lado. Mesmo que você tenha uma mente super-aberta, fica difícil acreditar que os produtores de The Walking Dead matariam o protagonista da série. Até porque, paralelamente com os quadrinhos, a linha condutora do show da TV parece mostrar que ele continuará ativo por muito tempo.

Mas li este comentário de uma fã em uma discussão – antes deles chegarem em Alexandria – sobre quem morre e quem vive na série, num futuro próximo:

Chega de matar as pessoas do grupo do Rick ou os demais sobreviventes. Não aguento mais isso. Eles parecem tão sem esperança, neste momento. Acho que é hora de eles terem um descanso. Eu gostaria de vê-los encontrar um lugar seguro para se instalarem de vez, para que pudessem se recuperar e ficar mais fortes e saudáveis. Então, eles poderiam voltar a encarar os caras maus e os zumbis novamente. Pelo menos, deem para eles mais uma chance de poderem lutar!

É, claro, uma visão romântica que, por muitas vezes, não se adapta à realidade de The Walking Dead. A série, assim como Game of Thrones, ensina muito a linha de que não se pode apegar a nenhum personagem. Por mais importante que ele seja, por mais carismático que ele seja, estará sempre na linha de tiro.

Ao longo dos episódios, Robert Kirkman e Frank Darabont foram nos mostrando isso. A lista de quem morreu e deixou milhares, milhões de fãs viúvos é extensa. E tem gente na formação atual que causaria a mesma comoção.

Daryl é um deles. E, ao contrário de outros, um cara que tem o futuro completamente aberto. Simplesmente porque ele não existe nos quadrinhos. Não existe um roteiro sobre Daryl que já esteja escrito. É evidente que os dois universos, que são ligados, já mostraram desfechos diferentes para alguns personagens. Mas, depois de aparecer estampado nas páginas da revista, é evidente que todo mundo vai esperar que aquilo, um dia, seja transferido para a tela da televisão.

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Mas a coisa pode ou não acontecer.

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Daryl é um caso à parte em The Walking Dead. O próprio Kirkman já admitiu que nunca imaginou que o sujeito fosse ficar tão popular. Por causa disso, até, a participação dele na série foi ganhando relevância. O rebelde sem causa arrebatou o coração de muita gente, e parece impensável imaginar o seriado sem ele, daqui para a frente.

A ponto de Kirkman também dizer que não existe a mínima necessidade de inventá-lo no gibi. “Seria estranho pegar um elemento da série de TV e enfiá-lo nos quadrinhos só porque ele é popular”, disse. E tem razão. A franquia tem esse poder, de existir em dois universos diferentes, e a partir do momento que um mostra poder existir sem o outro, sempre respeitando uma coerência que os conecta, pra que querer aproveitar o sucesso de um no outro?

Glenn é outro cara que habita a mente das pessoas. Outro cara que cresceu demais no gosto de alguns fãs, que não cogitam a possibilidade de perdê-lo. Mas um cara que tem uma definição de futuro, já, no produto impresso. Sem entrar em mais detalhes, mas será que ele, por ter construído uma posição de respeito e, até certo ponto, necessidade para alguns, poderia entrar na lista de quem teve vida diferente na produção cinematográfica?

Há uma corrente que não ligue muito para Glenn. Gente que não sentiria a falta dele. Há, inclusive, quem defenda que o relacionamento dele com Maggie, na série, esfriou justamente por causa disso. Os dois continuam trocando declarações de amor, mas, convenhamos, nada parecido com o que pôde ser visto em episódios anteriores. Uma vez em que o cara não mantém mais tanto esse vínculo com ela, o que prende, sim, a atenção de muita gente, fica mais fácil lidar com o adeus dele.

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Tudo em aberto, até aqui, no entanto.

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A lista, da mesma maneira, é grande. Carol, Carl, Michonne… Alguns que ocupem o “segundo escalão”, como Sasha, Abraham, Rosita, o padre Gabriel… Todos, porém, importantes para a trama. Todos com personalidades marcantes, que contribuem ativamente para os acontecimentos, que podem – e até devem – continuar presentes no dia a dia. Mas Lori, Shane, Hershel, Bob, Tyrese e Noah também não poderiam?

Outro dia, em um show de comédia dos Estados Unidos, foi pedido para que Kirkman desse um spoiler FALSO sobre o futuro próximo de The Walking Dead. O produtor, com muito bom-humor, mandou esta: “Bom, eventualmente, um personagem chamado Negan vai ser introduzido à série, e ele vai esmagar o cérebro de Glenn usando um taco de beisebol chamado Lucille.”

Todo mundo misturou uma expressão de pavor com alguns risos. E Kirkman fez questão de “acalmar” todos: “Calma, pessoal! Isto aqui é um programa de comédia!”

O produtor mostra, aí, que sabe o que pode ou deve acontecer. Mas, ao mesmo tempo, deixa bem claro que o universo da série de TV está completamente aberto, e ele pode criar histórias da maneira que as pessoas envolvidas achem conveniente. E, comercialmente, alguns padrões podem ser seguidos, sim. Da mesma maneira que possa ser impensável pôr fim à trajetória de Rick, o mesmo pode se aplicar aos demais. Por que não?

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Mundos paralelos de séries e quadrinhos ou livros podem ser muito diferentes. “Under the Dome” é um exemplo disso. A ponto de seu idealizador, Stephen King, se ver obrigado a postar um texto em seu site oficial dizendo que os produtores de TV apenas pegaram a ideia da coisa para jogar na tela, mas que o resultado final é completamente diferente daquilo que ele colocou no papel, e se transformou em um dos livros mais vendidos da história dos EUA. O autor chegou a pedir desculpas para os fãs, tamanha a diferença entre as duas obras.

The Walking Dead tem vida própria na TV e nos quadrinhos. Há quem acompanhe os dois, e fique decepcionado quando um não segue o outro. É natural, todo mundo tem sua preferência, tem seu instinto tradicionalista. Há quem acompanhe os dois e não ligue que decisões diferentes sejam tomadas. Existe uma graça nisso, e há de se aproveitar.

Há quem acompanhe apenas os quadrinhos, e esteja reticente em começar a assistir a série, ou vice-versa.

O importante, aqui, é aproveitar a escolha que se faz. E estar preparado para as perdas. Se até na vida real temos de lidar com elas, não seria diferente na ficção.

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a sexta temporada em Outubro de 2015 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego em Julho.

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