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Christine Woods fala sobre a “heroína” policial Dawn Lerner

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Proteger e servir. E te bater no rosto quando ela achar que deve. Esse é o lema da Policial Dawn Lerner, que conhecemos no episódio “Slabtown” da quinta temporada de The Walking Dead. Dawn fiscaliza “o sistema” no hospital Grady Memorial, para onde pessoas como Beth Greene são levadas, recebem tratamento médico, bem como comida e abrigo – mas por um preço. Em apenas um episódio, vimos Dawn depreciar Beth, bater em seu rosto várias vezes e sentenciar o novo melhor amigo de Beth, Noah, a uma sessão de pancadas também. Mas adivinhem? A mulher que interpreta Dawn insiste não apenas que ela não é uma vilã, mas que é, na verdade, uma heroína!

A Entertainment Weekly conversou com a atriz Christine Woods (que você pode reconhecer de “Flashforward” e “Hello Ladies”) para entender seu ponto de vista sobre a controversa personagem e sua apresentação ao universo de The Walking Dead.

ENTERTAINMENT WEEKLY: Primeiro de tudo, como você conseguiu esse papel? Isso remete a sua conexão a Scott Gimple por Flashforward?

CHRISTINE WOODS: Eu sabia que ele estava supervisionando The Walking Dead como produtor e cuidando de tudo por lá, mas eu apenas me inscrevi e fiz a audição. Eu acho que estava no meio de uma gravação de alguma coisa então foi bastante agitado, e, é claro, você sabe como essas coisas funcionam na indústria – são todos falsos. Então eu cheguei lá e foi uma audição esquisita e falsa e eu fiquei tipo “Eu não sei se sou a pessoa certa pra isso”, e Scott disse “Confie em mim. Apenas venha. Você não precisa saber todas as suas falas. Apenas faça e é só algo que você deve sentir porque eles querem ver sua essência”. Então eu apenas fui lá e fiz a audição e foi a pior audição que já havia feito. Então eu fiquei tipo “Bem, isso foi terrível. Não vai dar em nada”. Então Scott me ligou e disse “Estamos tão animados. Queremos que você faça isso. E aqui está o seu papel de verdade,” e eu fiquei “Ooooh, isso faz mais sentido pra mim! Okay, eu posso entender isso”.

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Então, uma vez que você conseguiu o papel, quanta informação ele te deu sobre seu personagem e seu arco, nesse ponto?

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Christine Woods: Naquele momento ele me deu um pouco do primeiro episódio e toda a história da personagem. Me deu todas as razões de ela existir, de onde ela veio, quais eram seus desejos profundos como pessoa, mas todo o resto só iria se desenrolar conforme os episódios saíssem. Então ele me deixou com apenas o primeiro episódio e me deu outras coisas depois. Então ele meio que me deu apenas uma história da personagem e uma razão pessoal do porquê existir no mundo e meio que partimos daí.

Havia mais história passada que ele te disse além do que vimos nesse episódio, ou tudo o mais você criou sozinha?

Christine Woods: Tivemos uma conversa sobre isso. Ele é realmente incrível e quer que isso seja algo no qual eu possa adicionar algo e criar em colaboração. Mas conversamos sobre como ela se encontrou nessa posição, e eu acho que isso é citado no episódio, como ela está trabalhando para a delegacia de Atlanta e está limpando aquele hospital quando tudo aconteceu e acabou sendo, acidentalmente, essa anti-heroína para todas essas pessoas que ela salvou, essencialmente. E então eles saem para a cidade e os poderosos explodem tudo e todo mundo morre. Ele me deu toda essa informação como uma forma de me preparar para o quão desesperada e triste Dawn realmente é nesse momento. Então foi uma mistura. Eu realmente trouxe algumas coisas para a mesa, mas muito disso estava no script.

Estou curioso sobre seu ponto de vista quanto a esse personagem porque eu me lembro de falar com David Morrissey, que interpretou o Governador, e mais recentemente com Andrew J. West, que interpretou Gareth. Ambos eram vilões na série, mas nunca se viram como vilões, mas sim pessoas que reagiram mal a más circunstâncias. Como você vê Dawn?

Christine Woods: É engraçado: eu considero Dawn uma heroína. Não querendo entrar em política, mas dê uma olhada no clima, hoje em dia, entre policiais e pessoas em terríveis situações de emergência tentando fazer o melhor para as pessoas à sua volta e “debaixo de sua autoridade”. Então essa pessoa, depois de tudo isso acontecer, não é alguém que foi lá e tomou o poder. Ela é alguém que estava, essencialmente, na posição social de proteger e sair de seu caminho para salvar pessoas e manter as coisas meio que funcionando de um jeito ordenado, porque esse era o trabalho dessa pessoa na sua vida normal. Então ela só está agindo de modo a tentar manter sua identidade normal. Então ela pensa que está sendo muito útil. E ela está mantendo tudo em movimento e mantendo as pessoas a salvo, e então eu acho que 100% do seu coração está no lugar certo ali. Ela recebeu uma ajuda que foi muito estressante em relação a seu ex-colega e chefe, Hanson, e ela teve que lidar com algumas coisas que eu acho que foram muito corajosas da parte dela. Então eu não a vejo como vilã de maneira alguma. Eu a vejo como heroína, e conforme a história se desenrola você pode decidir se pensa assim também. Acho que ela é uma pessoa corajosa e assustada que está tentando ser uma heroína. Então eu acho que ela é uma heroína. Eu realmente acho.

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E quanto àquela cena na qual ela está lutando para tentar salvar Joan e corta seu braço fora para isso: isso foi porque ela realmente se importa com Joan ou é meramente por causa do valor que ela representa nos termos de seu papel ali?

Christine Woods: Acho que ambos. Acho que quando você está numa situação como aquela você pode se convencer de que o que você precisa que alguém faça é valioso – talvez pelas razões erradas. Então Joan é um personagem pelo qual Dawn tem muita compaixão e se importa muito com essa jovem mulher. Mas ao mesmo tempo, ela é um peão. Ela é parte do sistema, e eu acho que você deve consertar isso para continuar tentando ser uma líder para essas pessoas. Quero dizer, é terrível. Realmente é sobre sacrifício, e eu acho que ela realmente acreditava que o que Joan estava fazendo como membro da comunidade era o sacrifício pessoal de Joan, que precisava ser feito para que a humanidade pudesse continuar. Então eu não acho que isso tenha sido por ódio ou maldade. Foi apenas, bem, isso é o que você precisa fazer. Estamos todos juntos nisso. É uma droga pra todo mundo. Mas eu acho que ela tem uma compaixão genuína por essas pessoas. Acho mesmo que ela se importa.

Qual a relação de Dawn com os outros policiais? Ela os está liderando e claramente os liderou por um tempo difícil, mas também parece que, às vezes, estão em termos tênues sobre o que ela tem que fazer para mantê-los na linha e por quanto tempo isso vai funcionar com alguns desses caras.

Christine Woods: Algumas dessas pessoas são pessoas que ela conheceu no departamento, então são velhos conhecidos. Eles provavelmente conheciam as famílias uns dos outros. Provavelmente conheciam os filhos uns dos outros. Então há uma grande história com essas pessoas. Mas eu também acho que quando você é colocado numa posição de poder – especialmente quando se é mulher – você vai enfrentar uma porção de questionamentos e de desafios. Quando você é líder de um grupo de pessoas que costumavam estar no mesmo nível que você, haverá um certo desafio e obstáculos. Essas pessoas estão presas nesse prédio. Não há nada progredindo em suas vidas e em seu universo. Então isso faria qualquer um enlouquecer. Dawn mantém uma rédea bastante curta, e ela faz isso porque ela sabe, instintivamente, que se as coisas relaxarem, ela vai perder o controle. Então há essa tensão entre ela e seus antigos amigos. E nesse ponto ela teve que se desligar e trata-los como soldados.

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Você mencionou que você a vê como uma heroína, mas porque, então, Dawn continua batendo em Beth? Até mesmo naquela primeira vez quando Beth estava apenas parada lá, fazendo nada, e você descarrega na pobre mulher!

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Christine Woods: Não é nem culpa da Beth, e eu apenas bati na cara dela. [Risos] Você sabe, eu acho que há um pouco de raiva mal colocada ali. Mas Dawn provavelmente vê ela mesma em Beth. É como aquele treinador malvado que grita com seus atletas e é agressivo e rude e muitas vezes pessoas que são abusivas e malvadas, elas não sabem que há algo de errado com seu comportamento. E Dawn talvez deva estar pensando que está apenas fortalecendo Beth. E ela a está preparando para a dura realidade desse lugar em específico. Melhor que seja Dawn do que qualquer outra pessoa. Melhor que Dawn tenha uma mão dura e ensine Beth do que algum dos outros caras em quem Dawn provavelmente não confia nem um pouco.

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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Vicky_CR / Staff Walking Dead Brasil

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