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Entrevista

Chad L. Coleman: “The Walking Dead fala com a criança que há em todos nós”

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Chad L. Coleman teve uma carreira de sucesso na TV, aparecendo em tudo, de “Law & Order” até “It’s Always Sunny in Philadelphia”. Mas dois papéis particulares têm realmente definido seu trabalho: em “The Wire”, ele interpretou “Cutty” Wise, um criminoso reformado que abre uma academia de boxe para crianças do bairro; e em The Walking Dead, ele aparece como Tyreese, um sobrevivente do conflito do apocalipse zumbi.

O News Day falou com o nativo de Richmond, Virginia, por telefone de Toronto, onde ele está filmando a próximo série do Syfy “The Expanse”.

Como você descreveria Tyreese a alguém que nunca viu “The Walking Dead”?

Chad L. Coleman: Ele é o Barack Obama com um boné de gorro, e um pouco mais de músculo. Ele é um humanitário, um idealista. Alguns podem chamá-lo de pacifista. Ele tem um profundo respeito pela vida humana, e compreende os perigos do ego, de cruzar certas linhas morais e racionalizar com “é um mundo apocalíptico, e nós temos que fazer o que temos que fazer.” Ele é um homem cheio de esperança.

O que há nessa série que faz com que ela seja um sucesso tão grande?

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Chad L. Coleman: Ela fala com a criança interior que há em todos nós. Aquele garoto que coloca aquela roupa de esqueleto no Halloween. Nós temos uma relação com o horror. E o sentimento visceral de ficar com medo. É aí que está a verdadeira atração, e nós colocamos toda a complexidade em cima disso, porque é realmente um comentário sobre a sociedade, como as pessoas se comportam, como agimos quando somos colocados contra a parede.

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No entanto, a série parece ser ignorada quando se trata da temporada de premiações. Por quê?

Chad L. Coleman: O tempo é tudo. A TV é tão rica de ótimos dramas agora, e as pessoas só pensam no gênero, e assim fazem uma suposição – “é sobre zumbis, a escrita e a atuação não devem ser tão boas.” Em retrospecto, a mesma coisa aconteceu com “The Wire”, as pessoas pararam de assistir com base em suas percepções – É sempre sobre pessoas dos guetos.

Essa história de personagens morrendo deve causar algumas dinâmicas estranhas no set, certo? Tal como os outros atores não quererem chegar muito perto, porque eles percebem que você poderá ser morto?

Chad L. Coleman: É verdadeiramente uma família muito unida, e nós ficamos realmente tristes por aqueles que têm de ir. Nós todos realmente nos damos bem quando não estamos no set. É uma atitude all-in. Nós não tentamos ficar fechados com essa dinâmica, é tipo “Eu vou apreciar o inferno fora disso agora.” A beleza disso é a trágica natureza disso.

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O que te motivou a começar a atuar?

Chad L. Coleman: Sempre me senti atraído à linguagem, à leitura, em seguida, a leitura em voz alta, em seguida, “Ah, há essa coisa chamada peça teatral.” Eu gostava de fingir ser outra pessoa, e meu irmão disse que eu deveria ser um ator. Eu fui para a faculdade na Universidade Virginia Commonwealth, não queria estar lá, saí, fui para o serviço militar, então fui direto para Nova York. Enquanto estava no serviço militar, eu estudei teatro. Então, desembarquei em Nova York, fiz o teste para ser um stand-in no “The Cosby Show”, e consegui isso. Minha primeira série profissional mesmo foi realmente o show de Malcolm-Jamal Warner de 1992, “Here and Now”. Então comecei a fazer teatro, fora da Broadway e regional.

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“The Expanse”, que estreia ainda este ano, é um thriller futurista. Qual é o seu papel nele?

Chad L. Coleman: Ele é um comandante, mas ele é um cara bom? Um cara mal? O que ele pretende fazer?

Em uma entrevista anterior, você mencionou o filme de 1984 “História de um Soldado”, sobre o racismo entre os soldados afro-americanos, como o filme que você mais gostaria de assistir novamente pela primeira vez. Por quê?

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Chad L. Coleman: Esse foi o filme que me fez dizer: “Uau, eu quero fazer filmes.” Eu era um calouro na VCU, eu não conseguia parar de falar sobre isso, e depois percebi que era uma peça vencedora do Prêmio Pulitzer. Foi o assunto, a história, as performances. E eu estava fascinado com o que Malcolm X chamava de “O ódio que o ódio produziu.”

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Fonte: News Day
Tradução: Mydiã Freitas / Staff Walking Dead Brasil

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