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4ª Temporada

Robert Kirkman fala sobre o assustador “Terminus” e promete respostas rápidas na 5ª Temporada

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ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do décimo sexto episódio da 4ª temporada, “A” (season finale). Leia por sua conta e risco.

The Walking Dead fechou sua quarta temporada com um estarrecedor suspense e um grande número de perguntas não respondidas. Para ajudar a dar sentido ao cruel clímax – e nos preparar para o que vem a seguir, na quinta temporada – a TVLine falou com o criador da série, Robert Kirkman.

TVLINE | Os cidadãos de Terminus são canibais?

Robert Kirkman: [Risos] Há um enorme número de possibilidades para esse enredo, e quem esses personagens são e o que fazem, certamente faz parte delas. Essa ideia não está completamente fora de cogitação, mas eu não posso nem confirmar e nem negar nada agora. Quem as pessoas de Terminus são e o que há com eles será mostrado relativamente rápido quando voltarmos com a 5ª temporada.

TVLINE | Você quer que a gente pense que Carol e Tyreese podem estar nos Sloppy Joes (é um tipo de sanduíche, feito com carne moída) que Mary deu a Rick e cia.?

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Robert Kirkman: [Risos] Isso é perfeitamente possível! Eu estou me controlando para não fazer piadas infames. Vamos ter que esperar pra ver. É normal as pessoas especularem.

TVLINE | Por que você não pode nos dar nenhuma dica sobre seus destinos, especialmente após o episódio inquietante da última semana?

Robert Kirkman: Ver aquele grupo no container e saber que todos eles estão juntos e que Rick é completamente capaz e preparado meio que nos fez sentir que precisávamos de mais fatos desconhecidos para manter as pessoas especulando. Deixar o destino de Beth, Carol, Tyreese e Judith completamente ambíguo nos dá essa opção. Lidaremos com os paradeiros deles rápido o bastante na 5ª temporada. Pode ser que eles estejam em outro container. Pode ser que eles sejam parte do churrasco, como vocês pensaram. Ou, talvez, eles tenham encontrado um Denny’s (um restaurante Americano famoso) e estão lá, se divertindo.

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TVLINE | Como a situação de Terminus se difere da de Woodbury? Em cada caso, temos um grupo de pessoas que utilizam métodos de sobrevivência que ameaçam o núcleo de nossos personagens.

Robert Kirkman: Woodbury foi muito mais como um retorno à civilização. Era um lugar seguro.Tinha um líder, que tinha muitos segredos, mas ainda assim, na superfície, era um lugar onde as famílias podiam viver e sobreviver. Terminus não é nada disso. É um ambiente completamente alien, com pessoas muito estranhas que vivem de uma forma muito específica que não tem nada a ver com as pessoas que conhecemos antes. Eles na verdade são muito mais perigosos e ficarão um pouco mais assustadores quando sua verdade vier à tona.

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TVLINE | O Daryl desenvolveu sentimentos de amor pela Beth?

Robert Kirkman: É possível. Daryl é muito protetor e ele criou laços muito fortes com muitos personagens, incluindo Carol. E agora Beth. Se isso evoluirá ou não para uma relação romântica, vamos manter ambíguo, assim como mantivemos ambígua a relação de Daryl e Carol. Se Beth voltar, que assim seja, vamos encontrar uma resposta definitiva para isso.

TVLINE | Fomos lembrados na season finale que Carl atirou em um menino que não mostrou nenhuma ameaça iminente. Isso faz de Rick um hipócrita por ter banido Carol do grupo por ela ter matado Karen e David, que realmente eram uma ameaça?

Robert Kirkman: A situação com Carl era diferente, de alguma forma. Enquanto Hershel sentiu que aquele menino não representava nenhuma ameaça, houve um pouco de ambiguidade ali. Mas, claro, há um pouco de hipocrisia em Rick. Eu acho que para todas as suas regras e tentativas de ser um líder, de ser o bom exemplo, haveria um momento em que ele quebraria suas próprias regras por Carl. Ele com certeza jogaria tudo para o alto pela segurança de seu filho – o que em termos foi o que aconteceu no final. Ele passou a temporada inteira tentando mostrar para Carl que eles “tinham que manter sua humanidade sem se perder e sem permitir que o mundo em que eles se encontram os mude e roube o que os faz ser seres humanos”. Ainda sim, quando tudo parece desabar ele não teve escolha a não ser perder tudo isso. Ele joga todo esse pensamento fora, e se transforma em um animal. Quando é sobre Carl, não há regras.

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TVLINE | Foi incrivelmente perturbador ver Carl quase ser estuprado. Como foi a discussão sobre como seria tenso gravar essa parte dos quadrinhos – especialmente logo após do show de horror da Lizzie?

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Robert Kirkman: Foi bem difícil. Essa cena sempre foi muito difícil. Quando eu estava escrevendo os quadrinhos, no painel de descrição para o desenhista Charlie Adlard, eu escrevi “Carl está atrás dele, e ele está tirando as calças – mas não se preocupe, Charlie, ele não será estuprado!”. Eu realmente incluí isso no painel de descrição porque essa é uma cena muito pesada, e eu não queria que Charlie pirasse ao fazer esse desenho. Mas quando a hora de adaptar isso pra série chegou… Nós tentamos mostrar a realidade dos tipos de coisas que aconteceriam se a sociedade fosse destruída. Tentamos não fugir das profundezas das coisas que seriam desencadeadas em várias situações. Não é como se estivéssemos mostrando coisas que não acontecem na vida real, infelizmente. Não estamos indo longe demais, não. É uma linha tênue entre ser realista e inexoravelmente mórbido. Eu espero que estejamos andando nessa linha de uma forma boa. E eu espero que as pessoas ainda vejam o valor do entretenimento de assistir a essas pessoas sobreviverem. Eu realmente sinto que levamos as coisas ao limite naquele episódio, mas não acho que o tenhamos ultrapassado.

TVLINE | Quando Rick fez a linha Dirty Harry, no final, devemos interpretar isso como o tipo de fazer a paz com o monstro que este novo mundo fez dele?

Robert Kirkman: Sim, está resignado ao fato de que ele terá que ser uma outra pessoa para que possa sobreviver. Ele realmente aceitou o fato de que ele é esse outro cara. Ele é o cara que consegue seguir, que consegue ser líder, que consegue ultrapassar todos os níveis caso precise. Agora que ele sabe que é com ele, há uma confiança que não havia antes. E essa confiança o levará para a 5ª temporada, e teoricamente, irá tirá-lo dessa situação horrível.

TVLINE | O que você estava tentando mostrar com os flashbacks de Hershel?

Robert Kirkman: Foi uma tentativa de mostrar que essa temporada inteira foi uma história só, e foi a história da evolução de Rick para essa versão dark dele mesmo. Nós queríamos voltar atrás e mostrar a influência de Hershel e o quão importante esse personagem foi e continuará sendo. E pra mostrar como Rick foi longe, e enfatizar o que eles perderam e onde eles terão que ir pra andar pra frente.

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TVLINE | Não houve mortes na segunda metade da temporada, pelo menos não no nível da morte de Hershel ou Lori. Como assim?

Robert Kirkman: Após um tempo, podemos cair na armadilha de “Ih, é a season finale!” ou “Esse é o episódio anterior ao finale – vamos matar todo mundo”. Nós meio que reconhecemos que no final da 3ª temporada, na nossa série, a coisa mais chocante, curiosa e inesperada que poderíamos fazer seria não matar todo mundo. Queremos manter as pessoas pensando. Não queremos que as coisas sejam uma fórmula. As mortes na série nunca são pra chocar ou pra dar um quê de empolgação. Sempre há um propósito. E às vezes você não precisa de mortes para isso. Essa season finale foi tão impactante quanto uma finale tem que ser para levar os expectadores com a gente nesse espaço entre as temporadas.

TVLINE E por último, o episódio final tem o título de “A”. O que isso significa?

Robert Kirkman: Faz referência ao container no qual eles foram presos. Eles ficaram no container “A”.

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada em Outubro de 2014 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego, em julho.

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Fonte: TV Line
Tradução: Lucília Costa / Staff Walking Dead Brasil

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