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Talking Dead

Talking Dead Brasil #4 – Aisha Tyler e Scott Porter

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Agora toda segunda-feira nós teremos o Talking Dead Brasil, uma coluna recapitulando tudo o que aconteceu no último Talking Dead. A coluna é escrita pela talentosíssima Sabrina Picolli que além de aficionada pelo Norman Reedus, sabe absolutamente tudo sobre The Walking Dead.

Talking Dead, para quem ainda não conhece, é um programa onde só falam sobre a série e suas curiosidades. Apresentado pelo comediante e podcaster Chris Hardwick, o Talking Dead vai ao ar logo após os episódios de The Walking Dead na AMC.

Talking Dead Brasil #4 – Aisha Tyler e Scott Porter 

Chris Hardwick recebeu no Talking Dead do último domingo as visitas de Aisha Tyler (criadora do podcast Girl on Guy) e de Scott Porter (de Hart of Dixie). O apresentador, inclusive, estava visivelmente entusiasmado com o episódio da noite: “Atendendo às nossas preces, finalmente hoje soubemos o que aconteceu com Morgan. Ele está vivo! E está louco! Mereceu o tiro que tomou de Carl!”

O que você achou do retorno de Morgan?

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Aisha: “No momento em que tiraram a máscara do rosto daquele homem eu apenas… WOOOOOOOOOAH, É O MORGAAAAAAN!” Ela declarou-se muito feliz em revê-lo, especialmente depois de ter ficado possessa ao ver Tyreese deixar a prisão. Então, ver os esforços de Rick em levar com ele aquele que o salvou, alguém que se importava com ele antes de todos os acontecimentos que vimos foi incrível. Mesmo que, no fim, Morgan não o seguisse.

Scott, diga o que você acha, pois tive a sensação de que, vendo Morgan, Rick sairia um pouco de sua loucura, como se ele estivesse vendo a si mesmo no futuro…

Scott concorda com Hardwick. Morgan vivia naquele lugar isolado, cercado de armadilhas por todos os lados, e Rick, por sua vez, estava afastando a todos de perto de si. Naquele momento, Rick viu o que pode acontecer quando todos se afastam. É como um diálogo interno acontecendo com Rick: você precisa das pessoas, e precisa retornar de sua loucura, para poder lidar com isso. Isso pode o ter arrastado de volta à realidade.

Foi muito triste quando Rick pegou o walkie-talkie… ele parece ter se sentido tão mal por não haver nada que ele pudesse ter feito.

Aisha comenta que o momento mais triste para ela não foi quando Rick pegou o walkie-talkie, mas quando Morgan comenta que ele realmente tentou contato, todas as manhãs estava lá, tentando, e Rick não estava lá. Isso foi absolutamente melancólico, tão representativo do fim do mundo! Ambos são homens que tinham seus filhos, que estavam tentando sobreviver, e que acabaram vivendo situações completamente distintas.

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Você acha que se Rick tivesse mantido contato com Morgan, Duane poderia estar vivo?

Porter acredita que Morgan estava bastante resistente no início – todos estavam lidando com perdas, os mortos estavam retornando, e era a esposa dele lá fora. Ele acredita que nem mesmo Rick talvez o convencesse a matar o zumbi de sua esposa. Aisha discorda e acha que talvez um Rick contundente pudesse ter mudado o rumo das coisas. Scott complementa que Morgan deveria estar ciente a respeito desse “caminho sem volta”, para finalmente mata-la. Isso custou a vida de Duane. Talvez isso fosse doloroso, mas foi o momento em que ele finalmente se deu por conta de que não havia outra maneira.

Você acha que Rick devia algo a Morgan no final, quando todos foram embora, ou Morgan não tinha mais salvação mesmo?

Aisha Tyler acredita que Rick fez o que pode. Tentou mostrar a Morgan que há uma vida, apesar de tudo o que estava acontecendo, sem sucesso. Morgan está em um inferno agora, obstinado em limpar o planeta de todos os zumbis.

No episódio anterior, Rick queria Michonne fora do grupo, e agora leva-a consigo para uma missão fora da prisão. Por que ele mudou de ideia?

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Scott acredita que ele quis ter Michonne ao lado para poder ficar de olho nela, por ainda possuir desconfianças e também para tentar descobrir alguma coisa mais a respeito de quem ela é e o que pensa, uma vez que ela sempre foi bastante reticente. Uma guerra está começando. Ele quer estar certo de com quem ela está lidando. Chris diz que ficou extremamente feliz com Michonne nos últimos episódios, e está falando e interagindo mais, ao qual Porter rebate dizendo que isso seria motivo para se assustar – sempre que um personagem começa a aparecer demais e a falar mais, acaba morrendo [risos]! Aisha comentou que foi exatamente o que ocorreu a Axel.

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No “In Memorian” da noite, foram lembrados todos os que perderam suas “vidas” durante o episódio: o zumbi na janela do carro, a zumbi presa no arame farpado das armadilhas de Morgan, o zumbi magricela morto por Michonne enquanto Carl a despistava, o zumbi da garçonete, e da gerente do restaurante e o mochileiro na estrada. “Desculpe, não damos carona no apocalipse zumbi… mas obrigado pela mochila!”

Vocês acham que o grupo teria parado se o mochileiro à beira da estrada fosse uma criança?

Todos concordam que provavelmente sim. Se fosse uma criança chorando na estrada eles certamente teriam parado. Chris comenta que achou estranhíssima a forma como todos ficaram impassíveis dentro do carro e sequer viraram a cabeça para olhar para o rapaz que vinha pela estrada e que gritava por ajuda. Aisha pondera que, naquele mundo em que eles estão, toda pessoa pode ser considerada uma ameaça. Além do que, neste ponto, todos eles estão um pouco mortos por dentro. Scott pensa que não há como simplesmente aceitar as pessoas a troco de nada.

Michonne e Rick poderão se tornar um casal?

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A pergunta feita por um fã foi recebida com estranheza por todos, que não acreditam haver essa possibilidade. Hardwick acredita não ser o caso: a Michonne dos quadrinhos é bastante decidida, sexualmente falando. Ela busca aquele quem ela quer. E nada aconteceu em relação a nenhum dos presentes. Aisha comenta que o que a deixou realmente feliz a respeito do show foi que finalmente Michonne e Rick se aproximam, uma vez que nos quadrinhos eles sempre foram amigos. Rick precisa de amigos, e foi excelente o momento em que ela diz a Rick que sabe que ele vê coisas. Ela deixa claro que isso acontece com todos. Scott complementa que, ao ouvir a conversa entre Rick e Carl enquanto desatolavam o carro, e ouvir depois Carl reproduzindo tudo o que Rick disse a respeito de mandar Michonne embora após a batalha, fez com que ele se desse por conta de que ela não quer ir embora e que precisa das pessoas. Isso foi crucial para que ela começasse a se abrir.

Chris comenta a respeito da declaração de Greg Nicotero e como ele e Scott Gimple discutiram o quanto, na cena do bar, os walkers rastejariam pelo chão ou andariam normalmente. Aisha complementa dizendo que existe uma regra clara para os walkers na HQ: eles são ativos, se congelam no inverno e vão perdendo suas forças com o tempo. Aqueles zumbis trancados no restaurante certamente estavam com suas forças exauridas. Por isso o chão.

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Depois da Rictatorship, o que vocês acham que virá: Darylocracy ou Glennarchy?

A pergunta arrancou risos da plateia. Hardwick opina: “Acho que teremos um Carl-unism”. Há discordâncias: Glenn é muito mais pelo grupo, porém na série ele é muito raivoso, ao contrário de Daryl. Scott rebate, dizendo que Daryl também não seria o ideal, por ser um solitário também. Hardwick insiste em Carl.

Você acha que Carl dizendo a Rick que Michonne “é uma deles” fará com que Rick aceite-a no grupo?

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Scott acredita que sim, mesmo que Rick aparente relevar certos comportamentos de Carl. Por exemplo, foi dito a ele que ficasse no carro, e o garoto estava no meio do fogo cruzado e ainda acertou Morgan, salvando o pai. Carl o tem enfrentado e – ainda que tenha razão – é algo inconsequente de se fazer. Isso apenas é justificável por ser Carl um garoto, longe de ser um adulto. Ele está crescendo rapidamente, e é capaz de fazer muito mais do que sua cabeça está preparada para enfrentar, devido à idade.

Qual foi a importância de todo aquele discurso de Morgan para Rick?

Scott Porter acha que aquele discurso não foi o ponto de virada de Rick. Em um ponto do discurso, Morgan diz que o filho dele também há de morrer – ele é mais fruto de desespero do que um reflexo da realidade. Scott acredita que estar em pequenos grupos pode aumentar as chances de se sobreviver, uma vez que elas estejam realmente ali umas pelas outras. Aisha acredita ter sido esse um dos pontos mais fortes do show – Morgan diz que os bons morrem, os maus morrem, todos morrem e nada mais faz sentido como antes. As pessoas precisam fazer escolhas difíceis para poder sobreviver. Isso não foi desesperado para ela, é o sentido daquela vida. É a filosofia do fim, eles estão mortos por dentro. Como Rick fala nos quadrinhos: “Nós somos os mortos-vivos.” A beleza do momento foi ver o contraste entre Rick, que ainda tinha motivos para continuar lutando, e Morgan, que não tinha mais nada a perder. O grupo discute ainda como a vida em comunidade é capaz de manter a humanidade das pessoas em algum grau, enquanto a vida em isolamento faz o oposto: vide Morgan, dócil no primeiro episódio, e totalmente fora de si, no episódio deste domingo.

Todos concordam que este é um dos melhores episódios de todos. Aisha reafirma, é o melhor episódio desde quando Sophia saiu do celeiro, e talvez um dos melhores episódios de todas as temporadas, e um dos mais bonitos.

Na reportagem especial da noite, Lennie James fala sobre a volta de Morgan, e como ele é encontrado por Rick, por detrás de armadilhas e barricadas, apenas esperando para matar quem quer que aparecesse, até que não houvesse mais quem matar. A rua virou uma grande armadilha, usando ratos como iscas. Ele comenta que, mesmo tendo lido todo o roteiro, jamais imaginaria que a cena toda seria da maneira incrível como aconteceu. Ele comenta ainda a respeito das pinturas nas paredes, tudo o que estava escrito, e seu significado como um registro dos acontecimentos, caso alguém aparecesse por lá.

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Foram mostrados todos os detalhes das armadilhas, campos minados e artifícios para escapar dos zumbis naquele cenário.

No momento de curiosidades sobre o episódio, ficamos sabendo que:

– Os produtores queriam trazer Morgan de volta desde a temporada passada, mas Lennie James é um ator absolutamente ocupado – tão ocupado que este não foi seu primeiro show pós-apocalipse. Ele fez uma aparição em Jericho.
– Morgan usava um colete à prova de balas, e por isso não foi atingido. É chamado de “tiro seco” (dry hit) , já que não houve derramamento de sangue. O “tiro não-seco” (wet hit) envolve a colocação de uma bolsinha de sangue que acaba estourando.
– A co-produtora executiva Denise Huth diz que esse episódio lembra um pouco “Uma Mente Brilhante”, só que no apocalipse. Ele ilustra um dos temas desta temporada: você não pode sobreviver sozinho.

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Chris Hardwick abre o terceiro quadro com uma declaração de Andrew Lincoln a respeito do retorno de Morgan:

“Sabe, era meu aniversário, eu estava fazendo 39 anos quando filmamos aquela cena em que ele faz aquele discurso, e conta essa história. Todos estavam arrepiados na sala, a energia era inacreditável. Ninguém se movia, exceto o cinegrafista, e aquela foi uma experiência incrível. Meu melhor presente de aniversário.”

O que vocês acham que é a “limpeza”(“clear”) do título do episódio, para Morgan?

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Aisha comenta que tem tudo a ver com o que ocorreu com Morgan. Ele só precisava ter matado um zumbi e não matou, e esse zumbi acabou mudando a sua vida. Agora Morgan tomou para si a missão de não deixar que isso aconteça com mais ninguém. Ele quer “limpar” o mundo dos zumbis, e esta virou a razão de sua vida. Não se trata mais de se proteger, mas simplesmente de mata-los. Scott justifica ali quando fala que as atitudes de Morgan são desesperadas, pois ele não quer apenas eliminar zumbis, mas todo e qualquer ser, uma vez que acredita que eles já estarão mortos, de qualquer maneira. Isso explicaria o ataque a Rick. Se ele tivesse tempo, ele ampliaria suas fronteiras e faria muito mais. Hardwick vê de uma maneira mais ampla: ele quer limpar o mundo de zumbis, quer “limpar” as pessoas para que elas se aproximem, limpar suas culpas.

Por que vocês acham que Carl atirou em Morgan, diante do pai?

Scott acredita que justamente a presença do pai foi o fator estimulante, uma vez que ele já havia atirado em outras pessoas, mas o pai agora estava ali. Além disso, foi instintivo, ele fez para salvá-lo. Carl é uma criança, mas Morgan apenas entrou na lista de “seres nos quais atirei”, de Carl. Hardwick acha assustadora a atitude, justamente levando em consideração o fato de ser apenas um garoto. Ele atira sem piedade. Aisha o defende, dizendo que Carl é diferente. Ele teve que pular toda uma fase de inocência, graças ao fim daquele mundo que era conhecido. Ele sabe da necessidade de ser uma máquina de matar. Porém, no final do episódio, ela acredita que houve um ponto ainda mais alto, quando Carl pede desculpas a Morgan por ter atirado nele. E Morgan replica, dizendo que ele nunca se sinta culpado por isso. É uma mensagem justamente para que, naquele mundo, ele jamais lamente. Porter acredita que seus instintos de sobrevivência são muito maiores – ele está crescendo neste mundo. Porém suas emoções tem que alcançar a maturidade juntamente com seu corpo, e ele apenas é um pré-adolescente. Porém ele é um bom garoto, como demonstra a cena em que, ao buscar a foto no restaurante, ele acaba por ouvir Michonne, após passarem por uma situação de risco. Ele compreendeu o quanto ainda é incapaz de fazer as coisas sozinho, e deixou que ela pudesse trazer a foto de volta para ele.

Ele é apenas um garoto.

A hashtag da noite foi #LoneWolf, e se referia à atividade solitária de Morgan, em sua armadilha. Os fãs fizeram comentários no Twitter, com destaque a dois deles: “Rick percebeu que a história de Morgan com o filho morto pela esposa zumbi é muito mais triste do que a sua história de ‘eu vejo minha esposa que me encheu de chifres”, ou “você sabe que a situação é grave quando Rick é a pessoa de maior sanidade no recinto.”

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Chris lança uma das perguntas feitas por fãs no Facebook, a respeito de Merle: vocês acham que Merle realmente mudou, agora que encontrou o irmão?

Ambos concordam que ele não mudou e continua não se importando com ninguém, mas que com a proximidade do ataque do Governador, ele deverá se adaptar. Scott acha que a conversa de Rick com Michonne é um aviso a Merle: que ele vá conversar com Rick, que ele também se abra ao grupo, pois de outra forma ele jamais vai ser aceito, nem por ele e nem pelos demais.

Se Carl morrer, Rick acabaria se tornando igual Morgan?

Ambos acreditam que a morte de Judith não traria tanto impacto quanto a de Carl, devido à morte de Lori e pelo pouco tempo que eles tiveram para se vincular. Porter acredita que se Carl morresse, talvez Rick não ficasse como Morgan, mas realmente sua vida não teria o mesmo sentido, e ele seria alguém muito mais sombrio.

No quadro das “Dicas de Sobrevivência ao Apocalipse Zumbi de Talking Dead” desta semana, Matt Mogk, da Sociedade de Pesquisa Zumbi deixou estas dicas:

– Sempre se lembre das regras de ouro para sobreviver: você poderá estar morto em a) 3 minutos sem ar b) 3 horas sem um abrigo c) 3 dias sem água e d) 3 semanas sem comida. Talvez você não consiga armazenar toda a água do mundo, e ar não deve ser um problema, então, seu foco deve ser ABRIGO.
– Um abrigo é qualquer lugar onde você possa se proteger do mundo exterior. Idealmente ele poderá ter painéis de captação de energia solar, onde você pode também se esconder; toalhas, para tamponar ferimentos, e deve ser um lugar onde você possa passar as noites em segurança

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No último quadro, os convidados conversaram sobre como sobreviveriam no apocalipse zumbi, Porter questionou como o Governador jamais encontrou a fortaleza de Morgan, repleta de armas, e também foram apresentados o sneak peek do próximo episódio, bem como o resultado da enquete da noite:

FOI CULPA DE RICK O FATO DE MORGAN TER ENLOUQUECIDO?

16% – Sim, ele deveria ter procurado por Morgan e Duane antes
84% – Não, não havia nada que ele pudesse fazer.

VEJA TAMBÉM:

• Talking Dead Brasil #1 – Kevin Smith e Steven Yeun

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• Talking Dead Brasil #2 – Robert Kirkman e Joe Manganiello

• Talking Dead Brasil #3 – Scott Adsit e Retta

• Todas as informações sobre o próximo episódio: 3×13 – “Arrow on the Doorpost”

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E NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

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(Lauren Cohan e Eliza Dushku)

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