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3ª Temporada

Review da Série – 3×07 – When the Dead Come Knocking

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Tensão.

Acho que esta palavra pode definir claramente o que qualquer pessoa que acompanha The Walking Dead sentiu ao assistir When the Dead Come Knocking, o sétimo e penúltimo episódio de 2012 desta ótima temporada. Nossos nervos são testados durante todo o episódio com cenas de perseguição zumbi, de experiências estranhas e por fim, as torturas. Tenho certeza que quem rói unha hoje deve estar com dor nas pontas dos dedos e pelo menos uma na carne viva! Eu estou!

Pela primeira vez na série pudemos ver Michonne por um viés que ainda não havíamos acompanhado: totalmente vulnerável e dependendo de outrem para sobreviver, além de se mostrar confiante em pessoas que ela nunca havia visto anteriormente. Diferente do que havia acontecido em Woodbury, Michonne (mesmo interrogada por Rick de forma pseudo-agressiva) notou algo diferente naquelas pessoas, o reencontro emocionante de Rick com Carol e a conversa silenciosa onde o policial sem dizer nada deixa claro que Lori havia morrido foi observada pela intrusa, assim como a forma como Hershel cuidou de seu ferimento tirando de seus lábios, também pela primeira vez, uma palavra de agradecimento. Michonne sentiu que aquelas pessoas se importam umas com as outras e foi isso que a moveu. Porém achei estranho como Michonne não descreveu ou citou Merle como o sequestrador do casal, fiquei esperando ela revelar a identidade do nemesis e causar um reboliço nos sobreviventes da prisão, principalmente em Daryl. A construção da personagem se mantém muito fiel, Michonne está sempre atenta ao que acontece ao seu redor e através da observação ela toma suas decisões, pudemos notar um pouco mais disso quando o grupo estava no meio da floresta e Rick agradece a Daryl por tomar conta das coisas enquanto ele lidava com os últimos acontecimentos.

 

Por outro prisma foi interessante a forma como Rick e o grupo da prisão recebeu Michonne. Salva por Carl, o novo Head Shotter da série, Rick logo tratou de levar a forasteira para dentro da prisão para cuidar de seus ferimentos, apesar de mantê-la afastada do restante do grupo. Este é o carma de Michonne, sempre ser mantida em cativeiro! rs

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Em um primeiro momento, acreditei que Rick havia aceitado muito fácil a versão de Michonne para querer partir em busca de Glenn e Maggie baseado apenas nas palavras de uma mulher que ele nunca havia visto anteriormente, mas pensando depois cheguei a conclusão que por mais estranha que esta situação possa parecer ela não é errônea. Primeiro pela forma como Michonne chegou, ferida com um tiro e quase morrendo nos portões da prisão, e segundo, porque sua versão dos fatos não tinha furo algum, nós sabíamos que ela estava dizendo a verdade, eles não, porém sua história era completamente credível. Rick, por sua vez, ao deixar Carl no comando,  traduz em ação a mudança que nós estamos notando no garoto desde o começo desta temporada, mesmo que ainda seja uma criança, o menino mostra uma maturidade frente aos acontecimentos que muitos adultos não conseguem demonstrar.

O grupo parte em busca de Gleen e Maggie e com uma nova trilha sonora a tensão domina a tela aos poucos. Rick, Daryl, Michonne e Oscar se encontram no meio da “Red Zone” citada por Merle no episódio anterior, provavelmente uma região infestada de zumbis onde ninguém consegue sobreviver por muito tempo, engraçado que um homem louco parece ter conseguido sobreviver sozinho todo este tempo sozinho naquela região. É aí que vamos percebendo como cada um encontra sua forma de lidar com toda a situação de um apocalipse zumbi, há quem amarre zumbis sem braços nem mandíbulas em correntes para usar como camuflagem em meio aos desmortos, outros que passam vísceras no corpo com o mesmo fim. O louco da cabana conseguiu manter os walkers afastados vivendo neste lugar que tresandava a morte, com animais em putrefação servindo como a sua camuflagem. Cheia de suspense, a sequência da cabana não poderia terminar de forma diferente. Estava claro que alguém ali não iria escapar vivo, afinal, com “mortos batendo na porta” e um louco que parecia renegar o mundo atual a panela de pressão criada  poderia estourar a qualquer momento e antes que a merda acontecesse Michonne colocou sua praticidade em cena e deu cabo do homem que virou comida de zumbi numa maravilhosa cena gore que possibilitou a fuga do nosso grupo de resgate. Nessa hora eu já estava com as unhas de pelo menos uma das mãos roída. =D

Em Woodburry a pesquisa de Milton foi algo que me deixou pensando por um tempo, por ser um plot inexistente na HQ, me perguntei onde os produtores queriam chegar com aquela história. Após pensar um pouco a única coisa que me veio à cabeça foi a busca por uma cura, provavelmente advinda de um desejo do Governador de trazer sua filha de volta a vida ou pelo menos devolvê-la alguma consciência. (Um leve spoiler a seguir sobre o que acho que virá desta história: ao ver um preview do próximo episódio, temos Michonne encontrando Penny e quando vai tirar o capuz do rosto da menina o vídeo chega ao fim. Acredito que Michonne irá “matar” a filha do Governador, aumentando ainda mais a sua ira em relação a ela, além de por fim ao objetivo das pesquisas). Por outro viés, a inserção de Andrea nessa história acredito que tenha sido somente para dar algo pra ela fazer no episódio, não sei o que mais ela poderia fazer nesta história e por enquanto vejo a personagem completamente perdida, o que é uma pena, afinal ela é uma das minhas favoritas na HQ.

E agora chegamos a parte mais tensa: as torturas. A cena pré-crédito é incrível e dita o nível que poderemos esperar por todo episódio. Merle mais uma vez se apresenta como um vilão de filme oitentista, com frases feitas, piadas cretinas e lógico, a faca no lugar da mão que dá o toque de Sessão da Tarde, porém o que o afasta de se tornar um vilão caricato é a ótima interpretação de Michael Rooker, que abusa do sotaque sulista mas torna aquele homem completamente credível, mesmo com todas estas características lutando contra.

Merle abusa da coerção física contra Glenn, que em sua resiliência e resignação não entrega o ouro. O asiático sofre toda a sorte de agressões e é impossível não ficar tenso com as cenas. O ápice da tortura é quando o mais velho dos irmãos Dixon traz um biter para a sala. A cena de Glenn fugindo e lutando por sua vida foi incrível e a tensão subiu a níveis estratosféricos! Ao sobreviver e matar o zumbi, Glenn solta um grito que bota pra fora todo o ódio sentido, assim como sua força em conseguir escapar.

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Enquanto Merle faz sua tortura por meio da violência física e não atinge o sucesso, o Governador segue outra linha: A sexual. Phillip demonstra ser um profundo conhecedor da natureza humana e um homem inteligentíssimo, com voz baixa e com uma aura de perigo iminente, O Governador realiza um terror psicológico que desbanca sua vítima, desprovindo Maggie de suas roupas o líder de Woodburry a coloca em um estado completamente vulnerável, deixando no ar que a qualquer momento irá possuí-la. O que não estava nos planos d’O Governador é a força de Maggie, que assim como seu namorado não se entrega e diz que ele poderia até estuprá-la, mas ela não iria dizer o que ele queria.
É então que temos a terceira parte da tortura. Se a violência física e a sexual não foi o suficiente para que o casal soltasse as informações pretendidas, Phillip parte para o mais nobre dos sentimentos: o amor.  Quando o Governador chega com Maggie na sala onde Glenn estava preso o rapaz faz um leve gesto de não com a cabeça, o líder de Woodbury percebe que dali ele não conseguirá tirar nada e desta forma coloca a arma na cabeça do asiático, conseguindo então arrancar as informações de sua amada que teme pela vida do namorado. Tensão, tensão e tensão!

Por fim ficamos sabendo que o Governador sempre soube da existência da prisão, mas Merle o convenceu de que o lugar estava infestado e portanto impossível de ser tomado. Phillip se impressiona que um grupo de dez pessoas conseguiu limpar a prisão e usá-la em seu benefício e não só, ele percebe que ter feito cativa duas pessoas daquele grupo não foi algo bom. Alguém virá atrás deles e o choque será iminente. O Governador teme por sua cidade.

Diferente do último episódio que teve um ritmo mais arrastado esse sétimo foi ágil, tenso e cheio de acontecimentos importantes e antes que eu pudesse notar já tinha chegado ao fim, mais um acerto desta superlativamente boa terceira temporada.

 

Um parâmetro com as HQ’s:

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– O material original é lógicamente mais gráfico que a série, portanto as torturas que acontecem nos quadrinhos são mais violentas de uma forma física, a série por sua vez aposta na tortura psicológica e acerta em cheio.

– Maggie é torturada no lugar de Michonne, o que também é um acerto, afinal, por mais que tivessem introduzido Michonne direto na prisão ela não teria tempo de se envolver com o grupo a ponto de sofrer em nome daquelas pessoas.

– A pequena ass-kicker recebe o mesmo nome que tem nos quadrinhos: Judith. Na HQ é Lori quem escolhe no nome, na série Carl é quem nomeia a irmã.

 

Interessante destacar também:

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– Sempre quando alguém morre e um personagem vai sentir o pulso ou checar a respiração eu fico tenso pensando que ela vai virar zumbi naquele momento e atacar a jugular da pessoa. Não sentiram isso na cena do Milton?

– “Eu trarei a mão do Glenn” a frase proferida pelo Governador foi um presente para os fãs da HQ!

– The Walking Dead mostra cenas de zumbis devorando pessoas, todo o tipo de violência e morte, mas não tem as bolas de mostrar uns fucking peitinhos?

– A lealdade dos irmãos Dixon serão testadas e ambos são braços direitos dos líderes.

 

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Estou em polvorosa pelo próximo episódio e pela primeira vez vi todos os previews e sneak peaks que já saíram! A finale do Mid Season vai ser sensacional e tomara que até lá minhas unhas tenham crescido mais um pouco! =P

Por Átila Rithiery (@tiul)

 

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RIFA – Daryl Dixon