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5ª Temporada

Andrew Lincoln e Norman Reedus se reúnem para conversar sobre a 5ª temporada de The Walking Dead

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Para qualquer intruso que ponha os pés em Griffin, Georgia, set de The Walking Dead, a sensação de aumento da segurança e do segredo é imediatamente aparente. Os assistentes de produção penduraram lonas gigantes da entrada até um pequeno beco, protegendo qualquer ação diante das câmeras dos olhares de uma dúzia de curiosos que permanecem na rua, no calor de 32 graus, segurando sinais feitos em casa que professam seu amor pela série de zumbis da AMC. (“Eu <3 Daryl Dixon” é um sentimento popular.) Breves relances dos astros do seriado provocam gritos do tipo que poderiam causar lesões aos tímpanos e estão geralmente reservadas à boybands mais recente.

Essa é a cena que ilustra perfeitamente a crescente influência de The Walking Dead, que chegou à televisão em 2010 com 5.3 milhões de espectadores no total (a premiere de maior audiência da rede, naquela época) e que, no último mês de março, na season finale da quarta temporada, arrastou 15.7 milhões de espectadores totais e marcou 8.0 na classificação de audiência na faixa etária dos 18 até os 49 anos, tornando-se, assim, o seriado mais assistido da televisão. Além de um período após a estreia bem sucedido, The Walking Dead até gerou um spin off, com uma ambientação diferente e com personagens distintos, que deve estrear em 2015.

Mais recordes de audiência devem ser quebrados quando a quinta temporada de The Walking Dead estrear, no dia 12 de outubro. Mas a confidencialidade em torno dos novos episódios está em pleno vigor. “Nós não podemos dizer merd@ nenhuma!”, conta Andrew Lincoln (que interpreta o antigo xerife e atual líder do grupo, Rick Grimes), com um sorriso torto. Contudo, alguns pequenos detalhes podem ser revelados. Depois que o Governador (David Morrissey) destruiu a prisão em que o grupo vivia, os integrantes do grupo de sobreviventes seguiram trilhos que levavam até o Terminus, um abrigo que prometia “Aqueles que chegam, sobrevivem.” A season premiere se inicia imediatamente após o cliffhanger de março, quando o grupo tinha sido aprisionado em um vagão pela comunidade de residentes misteriosos. Os telespectadores serão apresentados a novos personagens dos quadrinhos de Robert Kirkman, nos quais o seriado é baseado – incluindo um sacerdote, o Padre Gabriel Stokes, interpretado por Seth Gilliam, que participou de “The Wire”. Como em um retorno à primeira temporada, a maior parte da ação na primeira metade da quinta será na estrada e nos arredores de Atlanta.

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A essência da série ainda está definida pelas jornadas físicas e emocionais empreendidas por esses personagens no fim do mundo. Nessa temporada, Lincoln, compartilhará o papel de líder com Norman Reedus – que interpreta Daryl Dixon, motoqueiro e habilidoso com a besta. Na metade de julho, em meio a um almoço com camarão grelhado, beterrabas e suco de melão, os dois atores se reuniram no trailer de Lincoln durante um intervalo nas gravações para discutirem a profunda amizade entre seus personagens, falarem antecipadamente sobre a intensa premiere e especularem a respeito de seus próprios destinos enquanto o universo apocalíptico fica cada vez mais perigoso.

TV Guide Magazine: Vamos diretamente para a grande questão: O que é exatamente o Terminus?

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Reedus: É uma boate!

Lincoln: [Risos] Uma discoteca gigante! Bom, nós estamos em uma caixa. Mesmo que estejamos no maior risco em que já estivemos por um longo tempo, estamos, provavelmente, em nosso momento mais forte. O último discurso no vagão foi uma importante convocação e uma demonstração de intenção. Eu acho que as pessoas, em geral, não ficarão desapontadas com a abertura.

TV Guide Magazine: Rick e Daryl consagraram sua irmandade na season finale da quarta temporada. Como vocês descreveriam o laço deles esse ano?

Reedus: Daryl vê Rick como o irmão que Merle [Michael Rooker] não foi. Ter alguém a quem admirar e que tem um respeito mútuo em relação a ele – alguém em quem ele possa confiar – é algo muito importante para o Daryl.

Lincoln: Se não fosse por causa do apocalipse, eles provavelmente seriam inimigos. É incrível. Eu adoro o relacionamento deles. Acho que é uma verdadeira irmandade. Se ficar ao lado de Rick e Daryl, você faz parte da família; é simples assim, preto no branco. Mas se não estiver ao lado deles, lamento, mas você está em apuros.

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Reedus: Foi uma evolução tão suave. Quando eu cheguei à série, eram Rick e Shane [Jon Bernthal] que iam um em direção ao outro em busca de respostas para tomar decisões e então Daryl lentamente se tornou uma parte disso.

Lincoln: [Daryl] é incrivelmente importante na sobrevivência. Ele é a pessoa a quem todos vão, e é o responsável por rastreamentos. Você é definido pela sua utilidade nesse mundo, e ele é extremamente útil. Mas a última vez que Rick chamou alguém de irmão, essa pessoa era o Shane. Não estou dizendo que tudo serão flores. [Risos] Isso não garante porr@ nenhuma! Mas há algo incrivelmente forte entre esses caras. Ele sempre me salvou. É vergonhoso.

Reedus: E você está sempre nos colocando em problemas! [Risos]

Lincoln: Estou tão em dívida com Daryl Dixon!

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TV Guide Magazine: Como é o relacionamento de vocês fora do set?

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Reedus: Eu o odeio.

Lincoln: Ele é um idiota. [Risos]

Reedus: Na primeira vez que o vi, eu joguei esquilos nele.

Lincoln: Ele jogou mesmo! Eu tinha acabado de me reunir com minha esposa, meu filho e Shane, e esse idiota aparece. Foi a primeira vez que eu ri durante um ensaio. Eu mal pude acreditar – tipo, quem é esse cara e o que ele está fazendo? [Risos] Foi o primeiro dia, e ele me fez rir. Eu sempre vou me lembrar disso.

Reedus: Foi assim que tudo começou.

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Lincoln: Esquilos, cara. Quando uma pessoa joga esquilos em você, ou é amor ou é ódio. Tem que ser um dos dois.

TV Guide Magazine: Na última temporada, a série realmente se aprofundou em seus personagens. Esse é um tema que vai continuar na quinta temporada?

Lincoln: O que estamos fazendo é mais cheio de ação. Essa é a primeira vez que nós começamos a partir de um cliffhanger, então não precisamos explicar nada. Só continuar com isso. E foi divertido.

Reedus: Existem muitos personagens diferentes agora e muitas personalidades diferentes, então [a série] muda um pouco. ‘Há muitos sabores diferentes na sopa agora’, o que é ótimo.

Lincoln: É uma história que continua indo em frente porque as pessoas morrem e novas pessoas chegam ao mundo e o mundo muda, então é essa constante mutação. É difícil dizer qual é o tema dessa temporada porque nós não sabemos. Não terminamos ainda. Estamos no meio [da temporada]. Eu posso dizer algumas coisas sobre onde Rick está agora, mas isso é tudo.

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TV Guide Magazine: Então onde você acha que Rick está?

Lincoln: Ele está no lugar mais poderoso em que já esteve. Ele está incrivelmente intransigente, e é um homem perigoso. Não de uma maneira vingativa ou maliciosa, mas de um modo pragmático. Vocês são um problema? Então, vocês devem morrer.

Reedus: Não existe muito equilíbrio.

Lincoln: Não, as dúvidas se foram, e isso o torna um homem incrivelmente perigoso.

TV Guide Magazine: E quanto ao Daryl?

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Reedus: Ele está sempre dando pequenas dicas de que pode estar bem e então algo é tirado dele. Há uma inquietação dentro dele que está sendo exposta lentamente. Ele está se tornando mais resistente e mais sombrio, o que também o torna mais fielmente leal. Você pode bater num cachorro com um galho e ele pode não morder você no início, mas, se ele continuar a ser agredido com o galho, acho que ele pode reagir.

TV Guide Magazine: A relação do Daryl com a Beth (Emily Kinney) na última temporada poderia ser entendida em termos de paternidade, de irmandade ou de romance. Como você a interpreta?

Reedus: No fim de um túnel sombrio, ela foi a centelha de luz quando Daryl pensou que não havia mais luz naquela época em lugar algum. Ela deu a ele um pouco de esperança de que ainda havia algo de bom. Mas eu acho que, se ele tivesse intenções românticas em relação a Beth, ele não sabia o que isso significava. Ter aquela sensação de borboletas no estômago por um segundo é uma coisa. Pode ter sido uma mariposazinha, mas foi uma flutuação, e isso foi bom o bastante para ele.

TV Guide Magazine: Carol (Melissa McBride) ainda está lá fora, e ambos os personagens de vocês tiveram relações complicadas com ela.

Lincoln: Nem me fale…

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TV Guide Magazine: Rick a baniu do grupo, mas Daryl sempre teve carinho por ela. Como sua presença os afetará no futuro?

Lincoln: Se ela ainda estiver viva e retornar nessa temporada…

Reedus: Nós a dividiremos ao meio! [Risos]

Lincoln: Cada um vai ficar com um braço, e veremos o que sobrou. Não, eu acho que a Carol é uma personagem fantástica, e acho que ela provavelmente tem muita coisa a fazer nessa temporada.

Reedus: Até onde Daryl e Carol sabem, Carol é a garota dele. Eu acho que existe uma confiança comum e um respeito entre esses três.

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Lincoln: Todos nós temos tipos de personalidades muito próximos. Rick olha Carol nos olhos e sabe que ela é uma pessoa que pode apertar o gatilho. Então, existe uma convergência que se estabelece entre eles três que torna muito interessante atuar, porque há quase uma coisa telepática, tipo, “Eu sei o que você está pensando porque é exatamente a mesma coisa que eu estou pensando.”

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TV Guide Magazine: Um tema constante da série é encontrar momentos de esperança em um mundo em que não existe esperança. A chance de uma felicidade duradoura passou?

Reedus: Eu acho que nunca será nada do tipo Fuga do Século XXIII ou nada assim.

Lincoln: O que é isso? O que significa?

Reedus: Um lugar em que há um paraíso. Mas pequenos momentos de esperança, quando [eles] se reúnem e têm vários momentos de esperança quanto for possível, isso é parecido com a vida real.

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Lincoln: Algo que sempre me atraiu foi isso de ‘levar e tirar’. Vocês levam as pessoas através da escuridão delas, o que é muito parecido com o que acontece na vida.

TV Guide Magazine: Você acha que o filho de Rick, Carl (Chandler Riggs), ainda representa uma forma de esperança, ou ele foi longe demais?

Lincoln: Oh, ele certamente é o futuro, o que representa a personificação da esperança. Ele está sendo formado por esse mundo, e isso assusta o Rick. Mas existem questões maiores a serem perguntadas quando você está em segurança, então talvez precisemos encontrar um lugar seguro para que possamos responder essas perguntas. Eu não sei. Há um momento em que podem se estabelecer, mas talvez não por muito tempo. A prisão era esse lugar seguro, se não fosse pelo chato do Governador.

TV Guide Magazine: Vocês preferem ficar na estrada, como estão nessa temporada, ou ficar em um lugar definido, como na prisão?

Reedus: Eu gosto de estar tanto no bosque quando em movimento.

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Lincoln: É, eu não gosto de ficar confortável demais. Não acho que seja assim na nossa série.

TV Guide Magazine: Mesmo enquanto atores da série, vocês se preocupam em receber aquela ligação que diz que seu tempo na série acabou?

Reedus: Todo mundo se preocupa. Não sei se é um clichê dizer isso, mas realmente é como uma família. Eu já ouvi casos em que membros do elenco se queixavam uns dos outros, e eu provavelmente já me queixei de todo mundo – Sou o pior de todos. E depois, cinco minutos mais tarde, você os está abraçando. Se passar tanto tempo juntos e trabalhar tanto em algo, você dá tanta liberdade às pessoas nesse trabalho, porque todos se esforçam tanto, e você realmente os ama.

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TV Guide Magazine: Os jantares da morte que vocês fazem depois que alguém morre na série devem estar ficando cada vez mais difíceis, também.

Reedus: Você está tentando nos enganar? [Brincando] Nós já fizemos seis deles.

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Lincoln: [Risos] Nós já fizemos muitos jantares da morte. Pode escolher um número. Não, eu disse ao [showrunner] Scott Gimple que eu sinto saudade do Scott Wilson [que interpretava o aconselhador moral de Rick, Hershel], muita saudade. E ele disse que esse era o objetivo. Assim como na vida, quando você perde um amigo, você os carrega consigo.

TV Guide Magazine: Onde vocês vêem a longevidade em geral de seus papeis na série?

Lincoln: É realmente uma ótima pergunta e uma pergunta que eu fiz a mim mesmo.

Reedus: Nós falamos bastante sobre isso.

Lincoln: Só por causa da responsabilidade que nós temos com os fãs e conosco. Eu quero marcar minha carreira com algo de que eu me orgulhe por termos feito bem.

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Reedus: Mas ainda há muita história para contar.

Lincoln: Há dois personagens muito legais dos quadrinhos que eu quero conhecer. E nos dois últimos roteiros, parece que há muita história, então, eu acho que ainda há modos de isso acontecer. Se nós estaremos ou não presentes já é outra questão!

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada no dia 12 de Outubro de 2014 na AMC e no dia 14 de Outubro de 2014 FOX Brasil. Confira otrailer oficial da temporadae fique por dentro de todas as notícias.

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Fonte: TV Guide
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil

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